Pesquisadores criaram uma "camiseta inteligente", capaz de registrar vários parâmetros fisiológicos de forma não-invasiva.
O dispositivo é um melhoramento significativo de um protótipo lançado em 2010, então usado para monitorar o coração de jogadores de futebol.
Agora rebatizada de "plataforma de biomonitoramento", a camiseta inteligente ganhou mais sensores e um localizador de GPS, além de toda uma central de monitoramento, responsável por passar aos médicos as informações coletadas.
"A informação coletada pela camiseta inteligente, que usa uma tecnologia de tecido eletrônico, é enviada, sem fios, para um sistema de gerenciamento de informações, que então mostra a localização e os sinais do paciente em tempo real," afirmam os cientistas da Universidade Carlos III, em Madri, na Espanha.
Camiseta inteligente
A camiseta inteligente é lavável e possui embutidos em seu e-tecido os eletrodos que detectam as correntes bioelétricas do corpo.
Desta forma, apenas vestindo a camiseta, o paciente pode ser monitorado por um eletrocardiograma em tempo real.
A camiseta inteligente possui um acelerômetro, que é usado para detectar a posição corporal do paciente - se ele está de pé, reclinado, deitado etc. -, além de seu nível de atividade física, o que é importante para balizar os resultados do exame.
O e-tecido possui embutido ainda um termômetro, para fornecer leituras da temperatura do paciente em tempo real.
Os cientistas afirmam que sua plataforma de biomonitoramento foi projetada para ser usada no interior de hospitais - o sistema consegue detectar a posição do paciente dentro do hospital com uma precisão de dois metros.
Mas, "com pequenas modificações", a camiseta inteligente pode ser adaptada para a detecção de anomalias cardíacas em atletas ou para monitorar pacientes em suas casas.
Alarme georreferenciado
O sistema que roda no computador do hospital possui uma série de alarmes, dispensando que alguém fique olhando o monitor o tempo todo.
Os alarmes podem ser configurados conforme a situação do paciente, por exemplo, para disparar quando a temperatura exceder 38º ou quando a frequência cardíaca superar os 100 batimentos por minuto.
"Todos esses alarmes podem ser modificados pelos médicos para ajustá-los para as necessidades específicas de cada paciente; quando qualquer um desses alarmes dispara, aparece uma mensagem na tela, um SMS é enviado para o médico encarregado ou para o pessoal do hospital que, naquele momento, estiver mais próximo da localização do paciente em questão," afirmam os cientistas.
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