São essas células as responsáveis pela recuperação e regeneração dos tecidos danificados no corpo humano, ao longo da vida e durante acidentes.
A descoberta dá esperanças de que seja possível desenvolver tratamentos médicos que possam reparar danos que ocorrem no organismo durante o processo de envelhecimento.
Poder regenerativos
O poder regenerativo dos tecidos e órgãos diminui conforme envelhecemos.
Os cientistas levantam a hipótese de que os organismos vivos apresentam uma queda de vitalidade que é diretamente relacionada com o envelhecimento das suas células-tronco específicas de cada tecido.
Por isso eles tentam compreender os processos que iniciam uma auto-renovação das células-tronco adultas. Se elas puderem ser postas para novamente se dividir e proliferar, isso poderá induzir à regeneração do organismo.
Esta pesquisa é um primeiro passo promissor nesse sentido.
Telômeros
Os cientistas desconfiaram que o processo de envelhecimento das células-tronco adultas é diferente do envelhecimento das células comuns do organismo.
Isso porque as células comuns sofrem um encurtamento contínuo da seção final dos seus cromossomos, os chamados telômeros. Mas as células-tronco adultas não sofrem esse encurtamento dos telômeros.
"Nós descobrimos que a maioria dos danos ao DNA e alterações associadas à cromatina que ocorrem nas células-tronco adultas estão ligadas a uma região do genoma conhecida como retrotranspósons," explica King Jordan, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos.
Os retrotranspósons já foram chamados de DNA-lixo, porque não se sabia para o que eles serviam.
Revertendo o envelhecimento
"Nós demonstramos que somos capazes de reverter o processo de envelhecimento das células-tronco adultas mexendo com a atividade de RNAS não-codificadores de proteínas originados de regiões genômicas até agora consideradas como não-funcionais," explica a Dra. Victoria Lunyak, coautora da pesquisa.
"Suprimindo a acumulação dos transcriptos tóxicos gerados pelos retrotranspósons nós conseguimos reverter o processo de envelhecimento das células-tronco adultas humanas," diz Lunyak.
Os experimentos foram feitos em cultura celular de laboratório.
Agora os cientistas querem descobrir se as células-tronco rejuvenescidas são adequadas para uso clínico na reparação de tecidos.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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