quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Família de asteroides é inocentada da extinção dos dinossauros

A família de asteroides apontada como a responsável pela extinção dos dinossauros acaba de ser inocentada.

A descoberta reabre o caso que é um dos maiores mistérios da Terra.

O responsável pelo incômodo achado foi o telescópio espacial WISE, que mapeou o céu inteiro duas vezes, de Janeiro de 2010 a Fevereiro de 2011.

A porção caçadora de asteroides da missão, chamada NeoWISE, catalogou 157.000 asteroides, dos quais 33.000 eram desconhecidos.

Asteroide e dinossauros

Não é a primeira vez que a teoria sobre a extinção dos dinossauros fica ela própria em risco de extinção:

Teoria da extinção dos dinossauros por asteroide leva impacto fulminante

Embora os cientistas continuem bastante confiantes em afirmar que um grande asteroide caiu na Terra cerca de 65 milhões de anos atrás, levando à extinção dos dinossauros e de outras formas de vida, eles não sabem exatamente de onde veio tal asteroide, como ele fez o seu caminho até a Terra e nem mesmo exatamente onde teria caído.

O meteorito contra-ataca: teorias competem pela extinção dos dinossauros

Família Batistina


Um estudo de 2007, usando observações na faixa da luz visível, feitas por telescópios terrestres, sugeriu que o asteroide matador seria o remanescente de um asteroide gigantesco, gerador de uma família conhecida como Batistina (ou Baptistina).

Segundo essa teoria, o Batistina teria colidido com outro asteroide do cinturão principal, entre Marte e Júpiter, cerca de 160 milhões de anos atrás.

A colisão teria arremessado pelo espaço pedaços do tamanho de montanhas. Um desses pedaços teria então acertado a Terra, levando à extinção dos dinossauros.

Pontos ressonantes

Mas a teoria não suportou as observações em infravermelho do WISE, que descartaram qualquer participação da família Batistina no episódio.

Os novos dados sugerem que o Batistina-pai, que se quebrou para dar origem a toda a família observada hoje, quebrou-se há apenas cerca de 80 milhões de anos, o que é apenas metade do tempo calculado anteriormente.

"Isso não dá tempo para que os restos da colisão se movam para um ponto ressonante e sejam arremessados em direção à Terra," disse Amy Mainzer, coautora do estudo. "Acredita-se que esse processo leve dezenas de milhões de anos."

Áreas de ressonância são locais no cinturão principal de asteroides onde a interação entre a gravidade de Júpiter e de Saturno podem funcionar como uma máquina de pinball para disparar asteroides para regiões próximas à Terra.

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