Uma pesquisa publicada na revista científica Journal of Breath Research descreve experimentos usando voluntários em uma simulação de desmoronamento de um prédio.
Moléculas de acetona e amônia presentes no hálito dos participantes foram facilmente detectadas na simulação.
"Cão farejador eletrônico"
As descobertas estão sendo usadas para desenvolver um "cão farejador eletrônico" que possa fazer buscas em locais de desastres em busca de sobreviventes.
Um protótipo já foi desenvolvido por um dos colaboradores da pesquisa, mas a intenção é complementar, e não substituir o trabalho dos cães já utilizados nos trabalhos.
"Os cães são fantásticos, mas eles não trabalham por muito tempo, e eles passam por lesões e sofrimento como resultado de suas atividades em ambientes de busca e resgate", disse à BBC o químico Paul Thomas, da Universidade de Loughborough, que liderou a pesquisa.
"Nós não sabemos o que os cães detectam. Todo o projeto (...) é voltado para produzir melhores sensores e sistemas que possam encontrar pessoas", afirmou.
"Nós precisamos tentar definir em termos científicos a que um 'detector de sinais vitais' precisa reagir. Mas o que tem início em um ser humano e transita por meio de escombros pode não ser aquilo que chega ao fim do caminho entre os escombros - existe toda uma gama de materiais pelo meio dos quais isso precisa passar."
Substâncias no hálito
Para determinar a quais substâncias uma tecnologia futura de detecção deve ser sensível, Thomas e seus colegas conduziram uma série de experimentos usando oito voluntários confinados em uma caixa por seis horas.
Os gases que escaparam da caixa foram reunidos e passados por meio de um cilindro repleto de materiais de construção, simulando mais de dois metros de escombros de um prédio feito de vidro e concreto reforçado.
Uma gama variada de instrumentos mediu o que passou por meio dos materiais.
A equipe descobriu várias moléculas detectáveis, principalmente dióxido de carbono e amônia, junto de acetona e isopreno.
Quanto mais tempo os voluntários passavam sem comida, mais variadas eram as substâncias resultantes do metabolismo, assim como os componentes da urina expelida pelos voluntários.
Thomas afirma que o "detector de sinais vitais" usado na demonstração "funcionou maravilhosamente".
"Os nossos sensores químicos detectaram o que estávamos procurando rapidamente, depois de uma hora com alguém 'enterrado' lá", afirmou o químico.
A equipe agora vai realizar mais testes por períodos mais longos no simulador.
Fonte: Jason Palmer - BBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário