terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cientistas cultivam células-tronco intestinais em laboratório

Cientistas da Universidade de Barcelona, na Espanha, conseguiram pela primeira vez identificar e cultivar em laboratório células-tronco intestinais.

Ao longo da vida, as células-tronco intestinais regeneram a camada interna dos nossos intestinos em uma base semanal.

Os cientistas tinham indícios da presença dessas células há décadas, mas elas nunca haviam sido isoladas.

A descoberta, publicada na revista Nature Medicine, pode ter grandes impactos para a medicina regenerativa.

Células-tronco do cólon

Cultivar células vivas fora do organismo geralmente exige que as células sejam colocadas em um meio de cultura com a mistura correta de nutrientes.

Contudo, como temos mais de 200 tipos de células no corpo, encontrar a combinação precisa de nutrientes para um determinado tipo de célula não é uma tarefa fácil.

Com isto, cultivar células-tronco humanas em laboratório (in vitro) vinha se mostrando uma tarefa impossível até agora. E isso incluía as chamadas CoSC - colon stem cells, ou células-tronco do cólon.

"Esta é a primeira vez que se tornou possível cultivar CoSCs individuais em laboratório e derivar linhagens de células tronco intestinais humanas em condições laboratoriais bem definidas," afirma Peter Jung, um dos membros da equipe.

Medicina regenerativa

A descoberta dá aos cientistas uma "receita" precisa para isolar as células-tronco do cólon e derivar delas linhagens que podem crescer sem se diferenciar por meses.

"De fato, nós já conseguimos manter as células tronco em um disco de Petri por até 5 meses, ou podemos induzir essas células a se diferenciarem artificialmente, como acontece com elas no interior dos nossos corpos," diz o pesquisador.

Como as células-tronco intestinais regeneram nosso intestino continuamente, os cientistas acreditam que o avanço terá grande impacto sobre a chamada medicina regenerativa, que busca formas de desenvolver novos tecidos, e até novos órgãos, para repor os que se degeneram com o tempo ou por doenças.

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