Ao longo da vida, as células-tronco intestinais regeneram a camada interna dos nossos intestinos em uma base semanal.
Os cientistas tinham indícios da presença dessas células há décadas, mas elas nunca haviam sido isoladas.
A descoberta, publicada na revista Nature Medicine, pode ter grandes impactos para a medicina regenerativa.
Células-tronco do cólon
Cultivar células vivas fora do organismo geralmente exige que as células sejam colocadas em um meio de cultura com a mistura correta de nutrientes.
Contudo, como temos mais de 200 tipos de células no corpo, encontrar a combinação precisa de nutrientes para um determinado tipo de célula não é uma tarefa fácil.
Com isto, cultivar células-tronco humanas em laboratório (in vitro) vinha se mostrando uma tarefa impossível até agora. E isso incluía as chamadas CoSC - colon stem cells, ou células-tronco do cólon.
"Esta é a primeira vez que se tornou possível cultivar CoSCs individuais em laboratório e derivar linhagens de células tronco intestinais humanas em condições laboratoriais bem definidas," afirma Peter Jung, um dos membros da equipe.
Medicina regenerativa
A descoberta dá aos cientistas uma "receita" precisa para isolar as células-tronco do cólon e derivar delas linhagens que podem crescer sem se diferenciar por meses.
"De fato, nós já conseguimos manter as células tronco em um disco de Petri por até 5 meses, ou podemos induzir essas células a se diferenciarem artificialmente, como acontece com elas no interior dos nossos corpos," diz o pesquisador.
Como as células-tronco intestinais regeneram nosso intestino continuamente, os cientistas acreditam que o avanço terá grande impacto sobre a chamada medicina regenerativa, que busca formas de desenvolver novos tecidos, e até novos órgãos, para repor os que se degeneram com o tempo ou por doenças.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário