Os pesquisadores queriam descobrir quais comportamentos caracterizam um líder modesto e quais são as diferenças em termos de desempenho entre eles e seus colegas menos humildes.
Os resultados apontam para três características cruciais: admitir os próprios erros, destacar as contribuições e os pontos fortes dos subordinados e procurar sempre aprender mais.
Humildade dá resultados
Bradley Owens (Universidade de Buffalo) e David Hekman (Universidade de Wisconsin) verificaram que a presença desses comportamentos em um líder é um excelente indicador de como será o desempenho da empresa ou da equipe.
E os resultados parecem ocorrer em todos os níveis: os pesquisadores trabalharam com o principal executivo (CEO) de 16 grandes empresas, 20 gerentes de nível médio e 19 chefes de nível operacional, e tiveram sempre a mesma correlação entre humildade e desempenho.
Todos esses executivos catalogados como humildes, de todos os níveis, apresentaram um fator em comum: todos eles concordaram que a essência da humildade de um líder envolve ajudar os liderados a crescer dentro da organização.
"Crescer e aprender frequentemente envolve falhas, e isso pode ser embaraçoso," disse Owens. "Mas líderes que conseguem superar esses medos e disseminar esse sentimento passam a ser vistos mais favoravelmente pelos seus seguidores. Eles também legitimam as jornadas individuais de crescimento de seus seguidores, criando organizações de alto desempenho."
Verdadeiramente humano
Os pesquisadores descobriram que líderes humildes funcionam como um modelo de como se tornar verdadeiramente humano, e não um super homem, e legitimam o "tornar-se" em lugar do "conquistar".
Mas há pedras no caminho de alguns líderes, mesmo modestos, humildes e competentes.
Aqueles que são jovens, não-brancos ou mulheres precisam provar sua competência constantemente, e têm sua modéstia mais esperada e menos valorizada pelos seguidores.
Já os homens brancos mais experientes auferem grandes benefícios de admitirem os próprios erros, elogiarem seus seguidores e tentaram aprender mais.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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