Os pesquisadores desenvolveram um método de teste único que faz a avaliação de substâncias que causam alergias.
Em vez de animais de laboratório, a técnica usa células da pele humana cultivadas em laboratório.
Os cientistas estão trabalhando intensamente para desenvolver métodos alternativos que não requeiram testes em animais, tanto por sua baixa qualidade, quanto pela crescente pressão da sociedade contra o sacrifício das cobaias.
Mas até hoje os medicamentos são testados em animais - por um lado, sacrificando os animais e, por outro, não obtendo algo exatamente adequado para a pele humana.
Alergias de contato
As chamadas alergias de contato já afetam cerca de 20% da população no mundo ocidental.
"Nós fizemos várias descobertas sobre o mecanismo por trás da alergia de contato, uma das quais é que as substâncias alergênicas reagem com as queratinas 5 e 14 na pele," explica a Dra. Sofia Andersson, coordenadora da pesquisa.
"As células da pele formam as chamadas 'bolhas' quando expostas a substâncias alergênicas, e isso pode ser usado para testar se uma substância é alergênica," diz a pesquisadora.
Como seria arriscado demais testar em pessoas, os cientistas desenvolveram uma cultura de tecidos de células humanas.
Substância alergênicas
A alergia de contato não tem cura, e a pessoa afetada deve evitar a substância alergênica, para evitar as reações.
Metais, como o níquel, e substâncias em perfumes e conservantes, estão entre as substâncias alergênicas mais comuns.
Elas são frequentemente usadas em produtos que entram em contato com a pele, como joias, loções para a pele e maquiagens.
Este pode ser um problema se a substância está presente em muitos produtos diferentes. É por esta razão importante para testar produtos cosméticos, a fim de prevenir o desenvolvimento de alergia de contato.
Resultados graduados
A União Europeia recentemente proibiu o uso de animais para testes de cosméticos.
Até agora, testes de alergênicos sem o uso de animais só conseguiam determinar se uma substância é alergênica ou não - tais testes não eram capazes de determinar a extensão com que uma substância provoca alergia.
A nova técnica com cultura de tecidos faz isso, produzindo os chamados "resultados graduados", mostrando as gradações, ou níveis de alergia causados.
Os resultados podem então ser usados para determinar concentrações seguras de substâncias em produtos que são usados em contato com a pele.
Como os experimentos deram resultados muito promissores, os cientistas agora estão trabalhando no estabelecimento de um protocolo e do método de análise.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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