Um pesquisa realizada pela regional de Pernambuco da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), mostrou que municípios sem praias têm incidência de câncer de pele 40% maior do que os de regiões litorâneas e que os trabalhadores rurais os mais atingidos pela doença.
Pele clara e muito sol
Segundo a dermatologista e coordenadora da Campanha Contra o Câncer de Pele da SBD, Selma Schuartz Cernea, dois fatores influenciam a ocorrência da doença: a pele clara e a alta exposição ao sol.
Para o dermatologista do Hospital do Câncer de Pernambuco, Luís Mário Campos, no caso dos agricultores, no entanto, a falta de acesso ao protetor solar e o baixo índice de instrução sobre a necessidade de prevenção também são fatores determinantes.
"Devido ao baixo índice de educação, ele usam pouco material para evitar os raios ultravioletas", disse.
Alto custo dos protetores solares
Embora o protetor solar seja uma arma eficaz na prevenção do câncer de pele, seu custo ainda é alto, dificultando o acesso ao produto. De acordo com a dermatologista, Selma Schuartz Cernea, a SDB está buscando medidas para tornar o protetor mais barato e, assim, mais acessível.
"O filtro solar entra na categoria de cosméticos, que tem impostos maiores. O custo se torna um impedimento para o uso. Nós temos feitos tentativas para mudar a legislação para que o protetor se torne medicamento e, assim, se torne um produto acessível", explicou.
Enquanto isso não acontece, ela recomenda outras medidas para prevenir a doença. As pessoas que trabalham expostas ao sol, por exemplo, devem usar camisas de manga comprida, calças e chapéus com abas largas que protejam também a nuca e as orelhas.
Fonte: Diário da Saúde
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