Além do agente causador, o cientista também identificou o agente transmissor (o barbeiro) e o modo de transmissão da enfermidade que passaria a ser conhecida mudialmente com o seu próprio nome: doença de Chagas.
Um verdadeiro sucesso
O pesquisador imediatamente comunicou, por carta, a Oswaldo Cruz, diretor do então Instituto de Manguinhos, no Rio de Janeiro. Este, em correspondência enviada a seu amigo Salles Guerra, escreveu, sem economizar euforia: "O Chagas acaba de fazer uma descoberta estrondosa. Verificou a existência de uma tripanossomíase humana e estudou o ciclo evolutivo completo do tripanossoma no organismo do transmissor e no dos vertebrados parasitados. Um verdadeiro sucesso!".
Pouco mais de uma semana depois, em 22 de abril, ao mesmo tempo em que a revista Brasil Médico trazia em suas páginas a descoberta feita em Minas, o feito foi comunicado, em sessão da Academia Nacional de Medicina, por Oswaldo Cruz, que leu um trabalho escrito por Chagas. O cientista estava no norte de Minas promovendo uma campanha contra a malária que atingia operários que trabalhavam na construção de um trecho da Estrada de Ferro Central do Brasil.
O feito de Chagas é considerado único na história da medicina. E a palavra "cruzi" no nome científico do parasito, também descoberto por Chagas, foi uma homenagem a Oswaldo Cruz.
Fonte: Diário da Saúde
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