FSC é a sigla, em inglês, de Forest Stewardship Council (geralmente traduzido em português como Conselho de Manejo Florestal), e constitui o sistema de certificação florestal mais amplamente adotado no mundo. O objetivo do FSC é promover prática de manejo de florestas que sejam ambientalmente apropriadas, socialmente benéficas e economicamente viáveis, ou seja, que englobe os conceitos do Tripple Bottom Line, que faz parte do conceito de desenvolvimento sustentável.
Tripple Bottom Line |
Tipos de certificação
Antes de discutir sobre os tipos de certificação florestal propriamente ditos, é interessante observar quais os princípios básicos de cada tipo de certificação e quais as suas implicações. Na prática, lidamos com vários tipos de certificação cotidianamente. Quando, por exemplo, uma marca de cerveja prega que é a melhor ou quando um profissional coloca em seu curriculum que ele(a) é o(a) melhor em um determinado assunto, o que está ocorrendo é uma auto-certificação. Evidentemente, é um tipo de certificação pouco confiável, já que a empresa ou pessoa são sempre suspeitas para elogiar seus próprios atributos. O mesmo ocorre quando várias empresas de um mesmo ramo criam um selo que diz que estas mesmas empresas fazem alguma coisa muito bem. Embora muitas pessoas não o notem, este segundo tipo de certificação é muito abundante nas prateleiras de supermercados. São os chamados selos autoreguladores.
O problema com as situações expostas acima é a credibilidade destes sistemas de certificação. Por esta razão, foram criados os chamados sistemas independentes de certificação. Ou seja, para ter credibilidade, a empresa ou produtor devem ser certificados por auditores independentes, que não têm nenhuma razão para elogiar ou para depreciar a qualidade do respectivo produto ou processo de produção. Além disso, a independência não é o único requerimento básico para que um esquema de certificação tenha credibilidade. Nas palavras da organização não-governamental Imaflora, que é um corpo independente de certificação florestal e agrícola, sistemas de certificação devem possuir as seguintes características:
- Ser independente, conforme discutimos;
- Ser tecnicamente consistente, ou seja, cada empresa, produtor ou empreendimento tem de ser avaliado de acordo com regras que sejam claras e que façam sentido;
- Ser não-discriminatório, ou seja, tem de estar acessível a produtores de qualquer tamanho, capital, tecnologia, nível de investimento, além de raças, cor, credo e religião.
- Ser transparente, ou seja, tem de haver uma estratégia de controle social sobre o que está acontecendo e quem está sendo certificado e em quais condições;
- Ser voluntário, ou seja, a própria empresa ou produtor tem de se voluntariar a certificação.
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Fonte: Como Tudo Funciona
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