sábado, 21 de agosto de 2010

Ervas chinesas otimizam quimioterapia e reduzem efeitos colaterais

Uma combinação de ervas chinesas em uso há mais de 1.800 anos reduziu os efeitos colaterais da quimioterapia gastrointestinal em camundongos.

E, talvez ainda mais importante, o medicamento natural na verdade otimizou os efeitos do tratamento do câncer.

A descoberta, feita por cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, foi publicada na revista Science.

Huang Qin Tang

A fórmula utilizada no experimento é composta por quatro ervas, e baseia-se em uma receita de ervas chamada Huang Qin Tang, historicamente utilizada no tratamento de náuseas, vômitos e diarreia.

A quimioterapia provoca uma série de efeitos colaterais tóxicos que são normalmente tratados com vários medicamentos, com níveis de sucesso que deixam muito a desejar.

"A quimioterapia causa grande angústia para milhões de pacientes, mas a PHY-906 tem múltiplos compostos biologicamente ativos que podem atuar sobre várias fontes de desconforto," diz o Dr. Yung-Chi Cheng, coordenador da pesquisa.

Múltiplos mecanismos

Os camundongos que receberam quimioterapia e, simultaneamente, doses do composto de ervas chinesas, perderam menos peso e apresentaram uma atividade antitumoral mais forte do que os animais que não receberam a fórmula.

A fórmula de ervas reduziu a toxicidade da quimioterapia agindo por múltiplos mecanismos, incluindo a inibição da inflamação e a criação de novas células intestinais.

Esses efeitos não podem ser alcançados com os medicamentos alopáticos tradicionais, que geralmente têm como alvo apenas um mecanismo.

"Esta combinação de quimioterapia e plantas medicinais representa um casamento perfeito das abordagens oriental e ocidental para o tratamento do câncer," disse Cheng.

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