A sonda lunar LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter), da NASA, descobriu relevos e formações geológicas na Lua, nunca observados antes, que indicam que a Lua inteira está encolhendo ao longo de eras geológicas.
Não é um encolhimento que possa causar preocupações aos apaixonados - na verdade o encolhimento é tão pequeno que será difícil mensurá-lo com precisão - mas é um fenômeno inédito e que poderá ajudar no refinamento das teorias de formação da Lua.
As escarpas fotografadas são falhas geológicas de compressão, que ocorrem principalmente no planalto lunar. Elas foram primeiramente observadas em fotografias tiradas perto do equador da Lua pelas câmeras panorâmicas das naves Apollo 15, 16 e 17.
"As imagens de altíssima resolução da Câmara de Ângulo Estreito [da LRO] estão mudando a nossa visão da Lua," disse Mark Robinson, da Universidade do Arizona, coautor do estudo. "Nós não apenas detectamos várias escarpas lunares até agora desconhecidas, nós estamos vendo muito mais detalhes das escarpas identificadas nas fotografias da Apollo."
Quatorze escarpas anteriormente desconhecidas foram agora reveladas em imagens de alta resolução captadas pelas câmeras da LRO. Estas novas escarpas indicam que as falhas de compressão estão largamente distribuídas pela Lua, e não agrupadas perto do equador.
"Um dos aspectos mais marcantes das escarpas lunares é sua jovem idade aparente," disse Thomas Watters, do Museu Nacional de Aeronáutica e Espaço, dos Estados Unidos. "Falhas de compressão globalmente distribuídas e relativamente jovens mostram uma contração recente da Lua inteira, provavelmente devido ao resfriamento do interior lunar. A magnitude da contração é estimada em cerca de 100 metros no passado [geológico] recente."
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