Ainda assim, a circulação univentricular é a principal causa de morte por defeitos de nascimento no primeiro ano de vida de uma criança.
Esses resultados negativos agora podem começar a ser revertidos, graças à criação de uma nova bomba cardíaca miniaturizada, que ajudará a manter as crianças vivas durante a cirurgia.
A "bomba impulsora viscosa", criada pela equipe do Dr. Steven Frankel, da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, também poderá ser usada temporariamente em adultos que desenvolvam o problema.
Ventrículos
O coração humano tem duas bombas, ou ventrículos: uma impulsiona o sangue oxigenado pelo corpo, enquanto a outra, menos potente, leva o sangue desoxigenado para os pulmões.
Bebês nascidos com o defeito têm apenas um ventrículo funcional, mas o cirurgião francês François Fontan descobriu, mais de três décadas atrás, que as crianças poderiam sobreviver com um único ventrículo reestruturando a configuração dos vasos sanguíneos chamados de veia cava inferior e veia cava superior.
Os bebês devem passar por uma série de três cirurgias de coração aberto, ao longo de meses ou anos, porque elas não poderiam sobreviver ao choque de três cirurgias muito próximas.
Ainda assim, pelo menos 30 por cento dos bebês não sobrevive às cirurgias - o chamado procedimento de Fontan.
Bomba cardíaca
Mas os médicos descobriram que o uso de uma bomba cardíaca poderia permitir fazer todo o procedimento de Fontan em uma única cirurgia.
"Uma grande vantagem desta bomba é que ela é inserida através da pele, com um catéter, sem cirurgia de coração aberto," disse Frankel.
Os pesquisadores planejam implantar a nova bomba, que está em fase de protótipo, em um cruzamento de quatro vias, onde as veias cavas inferior e superior se encontram com as artérias pulmonares direita e esquerda.
Uma vez inserida com um cateter, a bomba poderá ser drasticamente expandida, assumindo um formato que se assemelha a dois cones unidos pela base. O dispositivo gira a cerca de 10.000 rotações por minuto, conectado por um fino cabo até um pequeno motor fora do corpo.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário