O programa usa técnicas especiais para converter imagens de ressonância magnética (MRI) em imagens tridimensionais que mostram detalhadamente as conexões nervosas.
Isto torna possível visualizar um quadro completo das conexões nervosas e dos seus contatos sem ter que operar o paciente.
Em vez de um mapa teórico, os médicos poderão contar com dados reais de cada paciente.
Mapa do cérebro
Saber exatamente onde estão localizados os feixes de nervos principais do cérebro é de imensa importância para os neurocirurgiões.
É isto que permite, por exemplo, o uso de técnicas como a "estimulação cerebral profunda", que suprime as tremuras que acometem os pacientes com doença de Parkinson ou o estudo de novos tratamentos para epilepsia.
A técnica também poderá render muitos novos insights sobre doenças neurológicas e psiquiátricas. E é importante que os cirurgiões cerebrais saibam antecipadamente onde os feixes nervosos críticos estão para evitar danificá-los.
"Com esta nova ferramenta, você pode determinar exatamente onde colocar os eletrodos de estimulação no cérebro. Nosso mapa de orientação foi melhorado: como agora vemos as estradas no mapa, nós sabemos melhor onde enfiar a agulha," diz o Dr. Bart Haar Romenij.
Validação
A precisão do novo mapa cerebral é um grande passo à frente.
Contudo, ainda estamos longe de ver todas as conexões do cérebro: há muitos componentes minúsculos que só podem ser observados sob o microscópio. "Mas você não pode, naturalmente, dissecar um paciente vivo em fatias dentro de um microscópio", brinca o professor.
Embora pareça funcionar muito bem, será necessário validar o programa para que ele possa ser distribuído. "Nós precisamos provar que as imagens batem com a realidade," diz o pesquisador.
E isso só pode ser feito confrontando as imagens com os dados reais, em experimentos envolvendo pacientes.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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