segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mapas tridimensionais mostram conexões do cérebro

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda, desenvolveu um programa de computador que os médicos poderão usar para estudar as conexões do cérebro de seus pacientes.

O programa usa técnicas especiais para converter imagens de ressonância magnética (MRI) em imagens tridimensionais que mostram detalhadamente as conexões nervosas.

Isto torna possível visualizar um quadro completo das conexões nervosas e dos seus contatos sem ter que operar o paciente.

Em vez de um mapa teórico, os médicos poderão contar com dados reais de cada paciente.

Mapa do cérebro

Saber exatamente onde estão localizados os feixes de nervos principais do cérebro é de imensa importância para os neurocirurgiões.

É isto que permite, por exemplo, o uso de técnicas como a "estimulação cerebral profunda", que suprime as tremuras que acometem os pacientes com doença de Parkinson ou o estudo de novos tratamentos para epilepsia.

A técnica também poderá render muitos novos insights sobre doenças neurológicas e psiquiátricas. E é importante que os cirurgiões cerebrais saibam antecipadamente onde os feixes nervosos críticos estão para evitar danificá-los.

"Com esta nova ferramenta, você pode determinar exatamente onde colocar os eletrodos de estimulação no cérebro. Nosso mapa de orientação foi melhorado: como agora vemos as estradas no mapa, nós sabemos melhor onde enfiar a agulha," diz o Dr. Bart Haar Romenij.

Validação

A precisão do novo mapa cerebral é um grande passo à frente.

Contudo, ainda estamos longe de ver todas as conexões do cérebro: há muitos componentes minúsculos que só podem ser observados sob o microscópio. "Mas você não pode, naturalmente, dissecar um paciente vivo em fatias dentro de um microscópio", brinca o professor.

Embora pareça funcionar muito bem, será necessário validar o programa para que ele possa ser distribuído. "Nós precisamos provar que as imagens batem com a realidade," diz o pesquisador.

E isso só pode ser feito confrontando as imagens com os dados reais, em experimentos envolvendo pacientes.

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