sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tecnologia para filmes estilo Avatar custará US$150

A partir de 2011 será possível usar técnicas semelhantes às usadas no filme Avatar para a produção de animações, ambientes de jogos ou mesmo do seu próximo grande sucesso no Youtube.

Isto se tudo correr de acordo com os planos de Matt Bett, pesquisador da Universidade de Abertay, no Reino Unido.

Câmera virtual

Bett e seus colegas usaram controladores de movimento, semelhantes aos do Wii, para criar câmeras virtuais que podem alimentar em tempo real mundos artificiais gerados por computador.

Para a produção do filme Avatar, James Cameron inventou uma nova forma de filmar, que ele batizou de Simul-Cam, que permite que a imagem gravada seja processada em tempo real - enquanto os atores, usando roupas com detectores de movimento, encenavam em um estúdio vazio, o diretor já os via em sua tela como Na'vis.

Os pesquisadores replicaram a tecnologia usando o conceito de câmera virtual - onde o computador otimiza o que uma câmera pode captar - e um sensor de movimento, e empacotaram tudo em um pequeno aparelho que deverá chegar ao mercado custando cerca de US$150,00.

"O que a tecnologia Simul-Cam permite fazer é uma espécie de realidade aumentada, onde um mundo gerado por computador pode ser visto imediatamente. O que eu quero fazer é colocar isto na sua cabeça, e trazer essa possibilidade para os computadores pessoais," diz Matt.

Filmes caseiros

A ferramenta, batizada de Motus, e que Matt espera colocar no mercado no próximo ano, usa sensores eletromagnéticos Sixense para capturar a posição do controle com uma precisão milimétrica. E, ao contrário dos controles de jogos, o novo aparelho funciona mesmo quando há alguma coisa à sua frente.

"Nós agora podemos manipular uma câmera virtual em qualquer ambiente virtual - seja um filme, um jogo de computador ou um simulador educativo," diz o pesquisador.

A tecnologia permitirá que filmes e animações de grande complexidade e nível profissional sejam produzidos a um custo muito baixo, tornando-se acessível para pequenos estúdios e até mesmo para usuários domésticos.

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