E a dificuldade parece ser ainda maior no caso do câncer de próstata.
Cientistas do Weill Cornell Medical College, nos Estados Unidos, descobriram que mesmo o câncer de próstata não é uma doença única, como se acreditava até agora.
A boa notícia é que os vários fatores que parecem influir na doença podem ser medidos e, no futuro, destruídos por terapias direcionadas especificamente a cada um deles.
Os resultados do estudo foram publicados na edição online da revista Genome Research.
Fusão de genes
A equipe liderada pelo Dr. Mark Rubin, identificou mutações secundárias que fazem com que alguns tipos de células cancerosas da próstata tornem-se letais.
A equipe acredita que sua descoberta levará a melhores exames para detecção do câncer de próstata, evitando que milhares de homens submetam-se a biópsias desnecessárias, e permitirá a criação de tratamentos mais específicos e individualizados para cada caso.
Esta pesquisa é um prosseguimento do trabalho do Dr. Arul Chinnaiyan, da Universidade de Michigan, que relatou a primeira evidência de que as fusões entre gene - genes híbridos formados a partir de dois genes anteriormente separados desempenham um papel significativo no câncer de próstata - veja Descoberta molécula associada à forma mais agressiva do câncer de próstata.
Na época, sabia-se que as fusões genéticas podiam fazer surgir cânceres no sangue, mas sua detecção em tumores sólidos era muito rara.
No novo trabalho, o Dr. Rubin e seus colegas relatam indícios de que as fusões de genes no câncer de próstata são suscetíveis a mutações secundárias.
Tratamentos personalizados
Esta nova observação dá mais sustentação à ideia de que os cânceres agressivos precisam acumular múltiplas mutações - veja Mutações genéticas individuais são lentas demais para causar câncer.
Com esta informação, os médicos podem ser capazes de diagnosticar e combater os tumores potencialmente letais.
"No futuro, essas fusões, específicas para determinados tipos de câncer de próstata, poderão ajudar os médicos a prescrever tratamentos personalizados para seus pacientes," diz o Dr. Rubin. "Este é um passo importante rumo às terapias específicas dirigidas a variantes individuais de câncer, e nossa esperança é estes resultados ajudarão os médicos a diagnosticar doenças específicas de um paciente."
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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