A comprovação, que veio por meio do monitoramento em surtos de crescimento na vegetação que induzem um aumento na população de ratos, foi feita por pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.
Segundo eles, o método pode ser usado para prever surtos de doenças transmitidas por diversos tipos de roedores e doenças que eles transmitem em todo o mundo.
Doenças transmitidas por ratos
"É uma forma de controlar remotamente uma doença sem ter de sair e capturar animais o tempo todo," disse Denise Dearing, coautora do estudo publicado na revista Global Ecology and Biogeography.
"O satélite mede a intensidade do verde da Terra, e descobrimos que essa intensidade do verde prevê a densidade da população de ratos Peromyscus," explica a bióloga.
Embora o estudo tenha sido focado sobre o hantavírus transmitido pelos ratos Peromyscus, os resultados podem ajudar no combate a outras doenças transmitidas por roedores, como a febre do rato, a doença de Lyme, a peste bubônica, a febre de Lassa, a infecção por salmonela e várias febres hemorrágicas.
O método foi testado em ratos que carregam os hantavírus e se proliferam quando sua fonte de alimento é abundante, "mas pode potencialmente ser aplicado a qualquer animal que responda [ao crescimento da] vegetação," diz Dearing. "Ele teria que ser calibrado para cada uma das espécies específicas de roedores e da doença, mas é realmente poderoso."
Mapas de risco de doenças
O estudo combinou imagens de satélite com dados de milhares de ratos capturados ao longo de três anos na região central de Utah.
O número total de animais capturados e o número de ratos com a doença, uma cepa do hantavírus conhecido como "vírus sem nome" (Sin Nombre virus), ambos subiram após os picos de vegetação detectados pelos satélites.
A técnica permite a compilação de mapas de risco de doenças, mediante a sobreposição da distribuição dos locais de maior população de roedores com a distribuição da população humana.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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