Há poucas semanas, cientistas anunciaram a criação de um tipo especial de raio laser capaz de disparar pulsos escuros - uma espécie de "disparos de escuridão."
Se já não fosse estranho o suficiente, agora uma outra equipe está propondo a criação de um "anti-laser", um raio laser que, ao invés de amplificar a luz, irá absorvê-la completamente.
O resultado é uma espécie de "raio das trevas", já que tudo o que ele produz é a mais absoluta escuridão, consumindo a luz que o atinge.
Anti-laser
A luz laser é produzida quando um feixe de luz reflete-se várias vezes no interior de um material capaz de amplificá-la, saindo do outro lado na forma de uma verdadeira cascata de fótons.
Ocorreu então ao Dr. Douglas Stone e seus colegas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, que poderia ser possível reverter esse processo. Para isso, teoricamente, seria necessário tão-somente trocar o material amplificador por um material absorvedor de luz.
A maioria dos lasers emite seu feixe num único sentido, mas é possível construir lasers que emitam dois feixes idênticos em sentidos opostos. Para isso é preciso usar camadas idênticas, parcialmente transparentes, nas duas extremidades de uma fatia de um material emissor de luz, como o arseneto de gálio.
Os pesquisadores calcularam que, se um material absorvedor de luz, como o silício, fosse usada no lugar da fatia de arseneto de gálio, então, em certos comprimentos de onda, dois feixes de laser idênticos disparados diretamente um em direção ao outro seriam completamente anulados no interior do material.
Uma fatia fina de silício normalmente absorve cerca de 20 por cento da luz que incide sobre ele, mas os cientistas calculam que ele absorve praticamente toda a luz na faixa do infravermelho próximo, com um comprimento de onda de 945 nanômetros.
Além da escuridão
Ao contrário do laser de pulsos escuros, o anti-laser por enquanto está apenas na teoria, mas o Dr. Stone garantiu, em entrevista à revista New Scientist, que "os experimentos em andamento são extremamente promissores, e eu tenho total confiança de que ele pode ser construído."
A energia dos feixes de laser incidentes será convertida em calor, segundo os cálculos dos pesquisadores.
Mas, se ele puder ser de alguma forma transformado em corrente, o efeito poderá permitir que os pulsos de luz dos cabos de fibra óptica sejam convertidos em sinais elétricos com alta eficiência, potencialmente eliminando o aparato de conversão optoeletrônico.
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