Segundo os cientistas da Universidade de Wyoming, os resultados do experimento podem levar ao desenvolvimento de materiais revolucionários para a medicina e engenharia, já que a seda produzida pelas aranhas é mais resistente que o aço.
Tentativas anteriores de criar aranhas para a produção comercial de sua seda fracassaram porque os aracnídeos não produzem quantidades suficientes e têm tendência a comer uns aos outros.
Bichos-da-seda, por seu lado, podem ser criados em cativeiro facilmente e produzem grandes quantidades de seda, mas o material é mais frágil.
A solução foi unir o melhor de cada um dos animais por meio da engenharia genética.
Teia em volume industrial
Pesquisadores vêm tentando há anos chegar à produção de seda super-resistente em quantidades industriais, através da inserção de genes das aranhas nos bichos-da-seda, mas os animais geneticamente modificados não haviam produzido seda suficiente até agora.
O estudo da equipe liderada por Don Jarvis gera um composto de seda de aranha e de bicho-da-seda - tão forte como as teias dos aracnídeos - em vastas quantidades.
Os primeiros resultados da pesquisa surgiram em 2010, quando a equipe conseguiu criar os primeiros bichos-da-seda transgênicos capazes de produzir teia de aranha artificial.
Agora eles conseguiram ampliar essa produção a um nível passível de exploração comercial.
Medicina e plásticos
Para o professor Christopher Holland, da Universidade de Oxford, a pesquisa pode tornar mais viável a produção de seda fortalecida em escala comercial.
"Essencialmente, o que este estudo mostra é que os cientistas foram capazes de usar um componente da seda de aranha e fazer com que bichos-da-seda o transformassem em uma fibra juntamente com sua própria seda. Eles também provaram que este composto, que contém partes da seda de aranha e da seda do próprio bicho-da-seda, tem propriedades mecânicas melhoradas", explicou ele.
Na área médica, o novo material poderia ser usado para criar suturas, implantes e ligamentos mais fortes.
A seda de aranha geneticamente modificada também poderia ser usada como um substituto mais sustentável para os plásticos duros, que usam muita energia em sua produção.
Fonte: BBC
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