terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Quer ser um cibercriminoso? Crackers brasileiros agora oferecem curso online

Confiantes na impunidade, principalmente devido à falta de uma legislação específica, cibercriminosos brasileiros estão oferecendo cursos pagos e até uma "Escola do Crime Online" para quem deseja "entrar no ramo". De acordo com o analista-sênior de malware da Kaspersky Labs para o Brasil, Fabio Assolini, uma busca na rede revela cursos como "Como ser um banker" (especializado em atacar internet banking), "Kit Spammer" e "Como ser um Defacer" (cracker que altera sites).

"Cada curso tem um pacote bem feito, com detalhes completos da grade de matérias", diz o expert, que dá como exemplo a descrição de “Como ser um Banker 101”:

"Você vai aprender como os crackers assumem o controle de computadores corporativos ou domésticos, como funciona a engenharia social, como funciona o "auto-infectar", como usar as fontes (de Cavalos de Tróia), como manipular os plugins de segurança instalado em navegadores, antivírus e firewalls", diz o texto.

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Além disso, "você vai descobrir como os crackers clonam cartões de crédito, talões de cheque, IDs, carteiras de motorista, certidões de nascimento e outros documentos. Você vai aprender como os crackers podem invadir sites de e-commerce que guardam números de cartão de crédito e o que eles fazem com esses dados. Você vai aprender sobre as leis no Brasil, qual a sentença se for pego, assim como os riscos que você corre e como evitar ser descoberto".

Os cibercriminosos, conhecidos por "Rauls", também oferecem cursos para spammers e até dão brinde: uma lista com 60 milhões de e-mails.

De acordo com Assolini, as aulas podem ser online ou até com presença física. O endereço é publicado na web, como se fosse uma escola comum.

No primeiro semestre do ano passado, os bancos anunciaram perdas de quase 700 milhões de reais devido a fraudes via internet.

"Já está mais do que na hora de os políticos aprovarem uma lei nacional contra o cibercrime, que permita à polícia apertar o cerco contra essa prática", defende o pesquisador.

Fonte: IDG Now!

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