terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Ultrassom como contraceptivo masculino é demonstrado em animais

O tão esperado contraceptivo masculino poderá vir na forma de uma simples aplicação de ultrassom.

A aplicação de ultrassom nos testículos conseguiu inibir a produção de esperma em ratos.

Segundo os pesquisadores, o nível de redução observado, se traduzido para o ser humano, significará que o homem ficará infértil.

Os melhores resultados foram observados quando foram feitas duas sessões de 15 minutos cada uma, separadas por dois dias de intervalo - neste caso, a contagem de esperma nos ratos chegou a zero.

Ultrassom como contraceptivo masculino

Usar ultrassom como contraceptivo masculino não é nenhuma novidade.

Isto chegou a ser feito há mais de 40 anos atrás, mas o tratamento nunca chegou a ser usado na prática porque ninguém levou a sério o Dr. Mostafa Fahim, o criador da técnica.

Fahim comprovou os efeitos em ratos, gatos, cachorros, macacos e em 8 homens, e publicou os resultados em artigos científicos entre 1977 e 1978.

Os cientistas afirmam que os aparelhos usados na época ficaram obsoletos e não estão mais disponíveis para que se faça um comparativo com a nova técnica.

O assunto voltou à baila em 2011, quando James Tsuruta e seus colegas da Universidade da Carolina do Norte (EUA) anunciaram seus primeiros resultados.

Ultrassom funciona como anticoncepcional masculino

Os testes iniciais promissores lhes valeram um financiamento para prosseguir as pesquisas, e agora eles estão divulgando as conclusões iniciais dessa nova fase.

Oligospermia

O ultrassom de alta frequência (3 MHz) foi aplicado nos testículos com a ajuda de uma solução salina a 37 graus centígrados, que serviu como transdutor entre o ultrassom e a pele.

"Ao contrário dos humanos, os ratos permanecem férteis mesmo com contagens de espermatozoides extremamente baixas. Entretanto, nosso tratamento de ultrassom não- invasivo reduziu as reservas de esperma nos ratos bem abaixo dos níveis normalmente visto em homens férteis - 95% dos homens férteis têm mais de 39 milhões de espermas por ejaculação," explicou Tsuruta.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a oligospermia - baixa concentração de esperma - é caracterizada no homem quando a contagem atinge 15 milhões de espermatozoides por mililitro.

Riscos

Os pesquisadores continuarão a trabalhar com ratos nos próximos meses, uma vez que falta ainda determinar por quanto tempo o efeito dura e se é seguro usá-lo mais do que uma vez.

Os maiores riscos são tornar o animal infértil de forma definitiva ou causar danos de longa duração aos espermatozoides.

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