A aplicação de ultrassom nos testículos conseguiu inibir a produção de esperma em ratos.
Segundo os pesquisadores, o nível de redução observado, se traduzido para o ser humano, significará que o homem ficará infértil.
Os melhores resultados foram observados quando foram feitas duas sessões de 15 minutos cada uma, separadas por dois dias de intervalo - neste caso, a contagem de esperma nos ratos chegou a zero.
Ultrassom como contraceptivo masculino
Usar ultrassom como contraceptivo masculino não é nenhuma novidade.
Isto chegou a ser feito há mais de 40 anos atrás, mas o tratamento nunca chegou a ser usado na prática porque ninguém levou a sério o Dr. Mostafa Fahim, o criador da técnica.
Fahim comprovou os efeitos em ratos, gatos, cachorros, macacos e em 8 homens, e publicou os resultados em artigos científicos entre 1977 e 1978.
Os cientistas afirmam que os aparelhos usados na época ficaram obsoletos e não estão mais disponíveis para que se faça um comparativo com a nova técnica.
O assunto voltou à baila em 2011, quando James Tsuruta e seus colegas da Universidade da Carolina do Norte (EUA) anunciaram seus primeiros resultados.
Ultrassom funciona como anticoncepcional masculino
Os testes iniciais promissores lhes valeram um financiamento para prosseguir as pesquisas, e agora eles estão divulgando as conclusões iniciais dessa nova fase.
Oligospermia
O ultrassom de alta frequência (3 MHz) foi aplicado nos testículos com a ajuda de uma solução salina a 37 graus centígrados, que serviu como transdutor entre o ultrassom e a pele.
"Ao contrário dos humanos, os ratos permanecem férteis mesmo com contagens de espermatozoides extremamente baixas. Entretanto, nosso tratamento de ultrassom não- invasivo reduziu as reservas de esperma nos ratos bem abaixo dos níveis normalmente visto em homens férteis - 95% dos homens férteis têm mais de 39 milhões de espermas por ejaculação," explicou Tsuruta.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a oligospermia - baixa concentração de esperma - é caracterizada no homem quando a contagem atinge 15 milhões de espermatozoides por mililitro.
Riscos
Os pesquisadores continuarão a trabalhar com ratos nos próximos meses, uma vez que falta ainda determinar por quanto tempo o efeito dura e se é seguro usá-lo mais do que uma vez.
Os maiores riscos são tornar o animal infértil de forma definitiva ou causar danos de longa duração aos espermatozoides.
Fonte: Redação do Diário da Saúde
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