As aplicações poderão ser enviadas a partir desta quinta-feira (12/01), no que já é chamada de uma nova era para Internet. Segundo Beckstrom, os domínios trarão significativos benefícios, incluindo a criação de scripts que não estejam nas línguas latinas ou inglesa.
Metade dos internautas é asiática, porém não possui domínios em seus idiomas, alega o CEO. Com os novos gTLDs, a web “ficará mais parecida com o mundo, e deixará de espelhar apenas um país”, afirmou, em referência aos Estados Unidos.
Desde 2005, a ICANN conduziu 45 sessões de comentários sobre o plano, a fim de receber críticas e sugestões. Graças à colaboração, ela desenvolveu diversos sistemas de proteção a marcas registradas, preocupação expressa por muitas empresas que temiam perder o controle sobre seus nomes nos novos domínios.
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“Há uma boa quantidade de interessados que está esperando há muito tempo”, disse o CEO. “Não há informações diferentes das que todos já conhecem. Os tópicos são os mesmos, e foram discutidos nos últimos cinco a seis anos”.
Os registros poderão ser maiores que os tradicionais “.org”, “.com” ou “.br”. O custo para a criação deverá ficar em torno de 200 mil dólares. Em maio, a ICANN publicará a lista de candidatos, e haverá 60 dias para que o público envie críticas. As companhias terão sete meses para protestar contra os domínios, mas, caso percam, terão de arcar com o custo do processo.
Para a candidatura a um sufixo são estimados cerca de R$ 500 mil de investimento (apenas os custos do processo ICANN são de US$ 185 mil), e outra quantia de igual monta para cada cinco anos de funcionamento, além garantias financeiras e requisitos técnicos, como a da contratação de um provedor de "back end" que irá gerenciar e publicar a base de dados com os nomes desse sufixo na Internet. Para eventuais candidatos brasileiros, uma opção de "back end" é o próprio registro brasileiro, o NIC.br, que há mais de 20 anos opera o ".br" com estabilidade e sucesso, e é uma organização sem fins de lucro.
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) chamou a iniciativa de um “potencial desastre” para empresas e consumidores. Dan Jaffe, vice-presidente de relações governamentais na Associação Nacional dos Publicitários – um dos grupos que se opõem ao plano – acusou a ICANN de encobrir as críticas a fim de levá-lo adiante.
Fonte: IDG Now!
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