Cientistas criaram uma memória digital baseada em moléculas de DNA.
A memória, do tipo "escreve uma vez, lê muitas vezes", usa luz ultravioleta para gravar os dados.
Os cientistas da Universidade Nacional Tsing Hua (Cingapura) e do Instituto de Tecnologia Karlsruhe (Alemanha) afirmam que o experimento é uma tentativa para tornar o armazenamento de dados mais barato.
Segundo eles, em alguns casos é mais barato fabricar memórias de DNA do que usando os materiais semicondutores tradicionais, como o silício.
Memória de DNA
A memória consiste em uma fina película de DNA de salmão, incorporada com prata. O conjunto é prensado entre dois eletrodos.
Quando a luz ultravioleta incide sobre a biomemória, inicia-se um processo de síntese que faz com que os átomos de prata se aglomerem em nanopartículas, deixando o dispositivo pronto para a gravação de dados.
Quando sem energia, ou sob baixa tensão nos eletrodos, somente uma corrente muito baixa consegue fluir pelo compósito de DNA iluminado pela luz ultravioleta - isto corresponde ao estado "desligado" - ou 0 - da memória de DNA.
Mas a luz ultravioleta torna o compósito incapaz de reter carga sob um forte campo elétrico.
Assim, quando a tensão aplicada aos eletrodos supera um determinado limite, começa a fluir uma corrente muito maior através do compósito.
Este estado de alta condutividade corresponde ao estado "ligado" - ou 1 - da memória.
Memória WORM
A equipe descobriu que esta mudança de baixa condutividade para alta condutividade é irreversível: uma vez ligado, o sistema permanece ligado, não dependendo mais da tensão aplicada aos eletrodos.
Assim, uma vez escrito o dado, a biomemória de DNA parece reter a informação indefinidamente, tornando-a uma memória do tipo WORM (Write Once, Read Many).
O grupo afirma ter expectativa de que a técnica seja útil no projeto de dispositivos de armazenamento óptico de dados, e sugere que ele poderá ser usado no campo da plasmônica.
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