Uma nova cola eletrônica pode ser o caminho para a fabricação mais rápida e barata de alguns tipos de semicondutores, incluindo células solares e materiais termoelétricos, capazes de transformar luz e calor diretamente em eletricidade.
Esses componentes, assim como todos os demais componentes eletrônicos, são atualmente fabricados com materiais semicondutores cujos átomos formam grandes estruturas cristalinas.
Nanocristais semicondutores
Alguns pesquisadores, contudo, acreditam que esses grandes cristais semicondutores podem ser substituídos com vantagens com nanocristais semicondutores.
Principalmente com a vantagem do menor custo, porque é mais barato fabricar os nanocristais e construir células solares e materiais termoelétricos usando um método semelhante à impressão jato de tinta.
Para isso, a equipe do pesquisador Dmitri Talapin, da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, desenvolveu uma cola eletrônica, que contém os nanocristais semicondutores dispersos em uma solução ligante.
Colando nanocristais
Além de permitir a aplicação rápida e fácil das nanopartículas para a formação dos componentes semicondutores, a cola eletrônica resolve um empecilho que vinha impedindo o uso desses nanocristais: até agora era praticamente inviável fazer com que os nanocristais se "comunicassem" uns com os outros - transferissem elétrons uns para os outros - porque o ligante usado para sua aplicação acabava isolando uns dos outros.
Os pesquisadores resolveram o problema substituindo as moléculas ligantes orgânicas por moléculas inorgânicas, que ampliam dramaticamente o acoplamento eletrônico entre os nanocristais semicondutores.
Uso imediato
A solução é tão promissora que a tecnologia já foi licenciada para uma empresa privada para a fabricação de dispositivos termoelétricos, que possam aproveitar o calor desperdiçado em equipamentos industriais e motores de automóveis para a geração de eletricidade.
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