O Grande Colisor de Hádrons, mais conhecido como LHC, atingiu nesta quinta-feira uma etapa importante, ao finalizar as colisões de prótons previstas para sua primeira fase de operações.
A partir de agora, o LHC passa para uma outra fase, na qual serão feitas colisões usando íons de chumbo.
Luminosidade
Uma das principais metas para 2010 era chegar a uma luminosidade - uma medida da taxa de colisões - de 1032 por centímetro quadrado por segundo.
Isto foi alcançado em 13 de outubro, com duas semanas de antecedência. Antes de encerrar as colisões de prótons, a máquina atingiu esse valor duas vezes, permitindo que os experimentos duplicassem a quantidade de dados coletados em um período de poucos dias.
O principal objetivo para 2011 será coletar dados suficientes - uma quantidade conhecida pelos físicos como um femtobarn inverso - para fazer avanços que, espera-se, possam cruzar as fronteiras da física atual.
Os resultados obtidos até agora, quando se atingiu um total de energia de 7 TeV, incluem a validação de aspectos do Modelo Padrão de partículas e a observação de um fenômeno físico potencialmente desconhecido.
Matéria primordial
A colisão de íons de chumbo vai avançar por outras fronteiras, rumo ao estudo dos primeiros instantes de existência do Universo.
Um dos principais objetivos com o uso do chumbo é produzir pequenas quantidades da matéria primordial que preenchia o Universo instantes depois de sua criação, conhecida como plasma de quarks-glúons, e estudar sua evolução para o tipo de matéria que compõe o Universo hoje.
Os cientistas esperam lançar alguma luz sobre as propriedades da interação forte, que liga as partículas chamadas quarks, em objetos maiores, como prótons e nêutrons.
O LHC vai colidir íons de chumbo até 6 de Dezembro, antes de uma parada técnica para manutenção. O funcionamento do colisor irá recomeçar, novamente com prótons, em fevereiro de 2011.
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