Os profissionais do setor consideram o risco extremamente baixo, já que apenas alguns poucos usuários acessam suas contas bancárias por meio de celulares, mas a ameaça pode crescer à medida que aumenta o uso da internet em aparelhos móveis.
O problema, que permite que criminosos com acesso aos dados de uma conexão de telefonia móvel roubem informações ou removam programas, conquistou atenção mais ampla, na conferência de segurança BlackHat Europe, realizada em abril.
"O hacker não precisa ser especialmente habilidoso para tanto", disse Jukka Tuomi, vice-presidente de tecnologia no grupo finlandês de segurança ErAce Solutions.
A ErAce afirma que em certos celulares que utilizam o Windows, os usuários não têm como bloquear os ataques, enquanto aqueles que usam celulares equipados com o sistema operacional Symbian têm a capacidade de bloquear essas mensagens.
No entanto, na prática, a maioria aceita a instalação de nova configuração em seus aparelhos caso ela pareça ter sido enviada por sua operadora de telefonia móvel.
Até agora, os problemas de segurança em celulares têm se limitado em sua maioria a pequenos incidentes porque as operadoras têm condições de analisar o tráfego de dados em busca de irregularidades, mas os novos riscos podem ficar fora de controle em muitos países nos quais a filtragem de mensagens de texto não é permitida.
Os crescentes temores dos consumidores quanto à capacidade dos vírus de computador para atacar celulares podem colocar em risco a adoção de novos serviços móveis, que são cruciais para as operadoras que estão em busca de crescimento em mercados maduros.
Além disso, a instalação de software de segurança em um celular nem sempre basta, já que em certos modelos os criminosos conseguem apagar o programa do aparelho.
"As pessoas pensam que estão fechando a porta, mas as janelas e a porta dos fundos continuam abertas", disse Tuomi, da ErAce.
Fonte: G1
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