Leia também:
> WiMax e LTE se complementam
> Testes com WiMax e web por rede elétrica
> LTE: a banda larga turbinada
A promessa é que o LTE ofereça velocidades capazes de concorrer à altura do cabo (como o Virtua, da NET, e o Ajato, da TVA) e do DSL (no Brasil representado por serviços como o Speedy, da Telefônica, e o Velox, da Oi). Segundo a consultoria, a disponibilidade de espectro é o principal fator a impactar os planos de desenvolvimento.
Em países onde os órgãos reguladores do setor de telecom estão tornando o espectro disponível, muitas operadoras anunciaram planos para lançar ofertas de LTE, incluindo Estados Unidos e China, por exemplo. Já onde não há espectro disponível, as empresas estão postergando esses planos.
A faixa de frequência homologada e mais adotada pelos países para o LTE é a de 2,5 GHz (embora, nos Estados Unidos, a opção tenha sido pela de 700 MHz), que atualmente é ocupada no Brasil por serviços oferecidos pelas operadoras de TV a cabo por meio da tecnologia Multipoint Multichannel Distribution (MMDS).
A ocupação desta faixa de frequência é um assunto que está sendo debatido pelo governo, Agência Nacional de Telecomunicações e indústria. Fabricantes como Qualcomm, Nokia-Siemens, Alcatel-Lucent, NEC e Ericsson defendem que essa faixa de frequência seja destinada ao LTE, seguindo um alinhamento mundial que daria maior escala econômica à tecnologia e consequente queda de custos.
"São 300 mil usuários de TV por assinatura contra 155 milhões de telefonia celular. Deve haver um deslocamento de serviços para outra faixa", avalia Newton Scartezini, consultor do setor de telecomunicações. "A proposta que existe é no sentido de reservar parte ou toda a faixa para o serviço móvel", completa.
Globalmente, as primeiras operadoras que pretendem lançar LTE em 2010 são Verizon Wireless, MetroPCS Wireless e U.S. Cellular, nos Estados Unidos; NTT-DoCoMo e KDDI, no Japão; TeliaSonera, Tele2 e Telenor, na Europa; e a maior operadora do mundo, a China Mobile, que deve oferecer os serviços a partir de 2011.
No Brasil, os especialistas dizem que a demanda por serviços de dados e o crescimento da base de assinantes 3G levarão as operadoras a necessitar de mais espectro para dar vazão às necessidades dos usuários. "Existindo ou não o LTE, elas [as teles] precisarão de mais espectro", pondera Scartezini.
Paulo Breviglieri, presidente da Qualcomm, estima que, em função do crescente consumo de dados por parte dos clientes 3G, em no máximo dois anos as operadoras móveis alcançarão o limite de sua capacidade de espectro.
Por isso, o executivo acredita que ainda este ano a Anatel chegue a uma definição sobre o uso de frequências, mesmo que elas não sejam colocadas em oferta imediatamente - até porque as teles móveis investiram milhões de reais no leilão das faixas de 3G em 2007 e ainda não recuperaram o investimento.
Os defensores do Long Term Evolution argumentam que esta é a tecnologia que oferece a melhor relação econômica para a prestação de serviços de banda larga móvel, uma vez que tem o apoio de diversos fabricantes e operadoras em todo o mundo.
Breviglieri cita projeções da consultoria Pyramid Research que indicam que em 2014 haverá 100 milhões de usuários LTE, contra 10 milhões de assinantes WiMax (que chegou a ser apontada como rival do Long Term Evolution) e 1 bilhão de clientes 3G. "É difícil ser competitivo com uma escala econômica inferior", observa, referindo-se ao WiMax.
O executivo da Qualcomm faz questão de dizer que a empresa é agnóstica em relação a tecnologias, mas acredita que o WiMax terá aplicações de nicho, como por exemplo o backhaul (que pode ser definido como a capacidade de transmissão da rede).
Fonte: IDG Now!
Nenhum comentário:
Postar um comentário