A revista Unesp Ciência é o mais novo veículo de divulgação científica no Brasil. A revista foi lançada nesta semana pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em cerimônia no campus Barra Funda, na capital paulista.
Com periodicidade mensal e tiragem de 25 mil exemplares, a publicação será distribuída nos campi da Unesp e em diversas instituições de ensino e de pesquisa. A revista também poderá ser lida gratuitamente no site da universidade.
Divulgação científica de referência
"O foco é fazer uma divulgação científica de referência, com equilíbrio entre as áreas. E um jornalismo crítico, não mostrando a ciência como algo acabado", disse Maurício Tuffani, assessor de comunicação e imprensa da Unesp e diretor editorial da revista.
Voorwald conta que quando assumiu a reitoria, em 2008, já havia pensado em criar um veículo de divulgação científica que expressasse, em linguagem clara e acessível, os principais estudos desenvolvidos pelos pesquisadores da Unesp.
"Percebemos a necessidade para a Unesp de um instrumento de divulgação com esse perfil, mas com limites que não sejam os muros da universidade. A revista será um grande instrumento de divulgação da ciência e da instituição, ajudando os próprios professores a dimensionar a importância e competência da universidade e o seu papel social", disse.
Divulgação científica no Brasil
Carlos Vogt, secretário de Ensino Superior do Estado de São Paulo, salientou a trajetória ascendente da divulgação científica no país, em particular em São Paulo. "Isso se deve, em grande parte, ao amadurecimento das próprias instituições ligadas à pesquisa, que passaram a colocar a divulgação como prioridade", disse.
O secretário destacou como modelo bem-sucedido a FAPESP, que conta com dois veículos de divulgação científica: a Agência FAPESP, que envia boletins diários a mais de 80 mil assinantes, e a revista mensal Pesquisa FAPESP.
Ciência e arte
No primeiro número, a revista destaca os 400 anos da ciência moderna. A reportagem Quatro séculos da ciência relembra Galileu Galilei (1564-1642), que rompeu o paradigma defendido por Nicolau Copérnico (1473-1543), segundo o qual o Sol estaria no centro do Sistema Solar (heliocentrismo).
Essa mudança de perspectiva é considerada o marco da modernidade científica. A reportagem elenca ainda alguns dos principais formuladores da ciência moderna, como Francis Bacon, René Descartes e Albert Einstein.
Badulaques de cientista e insetos criminalistas
A revista traz um perfil da arqueóloga e antropóloga Ruth Künzli, da Unesp de Presidente Prudente (SP), e aborda temas curiosos para o público menos especializado como na reportagem Estação de trabalho, que mostra quais são os tipos de objetos que um pesquisador reúne em sua sala. A reportagem Insetos criminalistas explica como o estudo de moscas e larvas pode dizer quando e como uma pessoa morreu.
Outros destaques são a seção de lançamentos de livros e a seção Click, de flagrantes da "beleza da ciência". Na primeira edição, são imagens de nanoesculturas produzidas a partir de dióxido de estanho. Pesquisadores do Instituto de Química da Unesp de Araraquara, em parceria com colegas da Universidade Federal de São Carlos, trabalham com partículas na escala de bilionésimos de metro e têm confeccionado uma espécie de "nanoarte", com as imagens geradas nos experimentos.
A revista Unesp Ciência pode ser lida em formato pdf no site www.unesp.br/aci/revista.
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