Contrariando a maior parte das conclusões sobre as mudanças climáticas, recentemente um grupo de cientistas descobriu que o aquecimento do Oceano Atlântico deve-se a causas naturais.
De fato, nenhum cientista afirma que os dados disponíveis sobre o meio ambiente, sobretudo dos oceanos, são amplos e precisos o suficiente.
Somente com uma maior riqueza de dados, tanto em termos qualitativos quanto quantitativos, será possível construir modelos climáticos que ofereçam previsões mais precisas.
Exploradores subaquáticos autônomos
Para tentar diminuir alguns desses gargalos, o Instituto Oceanográfico Scripps, nos Estados Unidos, está se preparando para criar uma nova frota de robôs submarinos, os chamados exploradores subaquáticos autônomos.
Já existem robôs submarinos monitorando todos os oceanos da Terra, mas o progresso tecnológico contínuo, assim como a necessidade de coletar dados novos e diferentes, permitem e exigem o desenvolvimento de robôs submarinos mais avançados.
O objetivo agora é rastrear detalhes dos processos oceanográficos que influenciam a vida de minúsculos, mas importantes, organismos marinhos.
"Nós estamos tendo muito sucesso no uso global dos robôs submarinos para documentar os padrões de circulação de grande escala dos oceanos, assim como de propriedades físicas e químicas das profundezas," diz o professor Phillip Taylor, que está coordenando o desenvolvimento da nova frota de robôs.
"Os novos exploradores subaquáticos irão permitir aos cientistas coletar amostras também nas regiões costeiras e entender melhor como os pequenos organismos influenciam as complexas regiões costeiras," diz ele.
Robôs para encontrar caixas-pretas
Para explorar as regiões rasas da costa, os robôs serão miniaturizados, permitindo sua utilização para descobrir e monitorar os pontos de reprodução da vida marinha, detectar fenômenos como a maré-vermelha e identificar vazamentos de petróleo ou outras substâncias tóxicas.
Os robôs estão sendo projetados também para prestar serviços não diretamente ligados ao meio ambiente. Por exemplo, seus sensores ultraprecisos serão capazes de encontrar caixas-pretas de aviões que caiam no mar.
"Os robôs vão preencher vários hiatos existentes nas tecnologias marinhas atuais," diz o pesquisador. "Eles irão fornecer um tipo totalmente novo de informações."
Enxames de robôs
O conceito utilizado no novo projeto é o de "enxame" de robôs, cada enxame formado por dezenas ou até centenas de minúsculos sensores móveis, monitorados por uma central do tamanho de uma bola de futebol.
Coletivamente, o enxame será capaz de monitorar até mesmo as larvas de moluscos, fornecendo para os biólogos marinhos os estudos de comportamento dos animais que atualmente são impraticáveis, além de permitir a mensuração direta dos fluxos e da absorção de carbono nos oceanos.
Durante a fase piloto do projeto serão lançados seis robôs submarinos do tamanho de uma bola, acompanhados de seus respectivos "filhotes", cerca de 20 para cada robô.
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