Estes são alguns dos avanços em nanotecnologia desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), do Rio de Janeiro, que serão apresentados durante evento na próxima terça-feira (17).
A nanotecnologia refere-se ao estudo de materiais com dimensões na escala do nanômetro, equivalente a um bilionésimo de metro.
Implantes de titânio
Os biomateriais com porosidade controlada minimizam os danos aos tecidos adjacentes a implantes cirúrgicos, favorecendo a recuperação do paciente e prolongando a duração do material implantado.
O sistema permite o crescimento ósseo nos poros da superfície do material, e essa ancoragem garante a transferência perfeita da carga exercida entre o osso e o implante.
Conduzida pela tecnologista Marize Varella, a pesquisa consiste em estudar métodos para modificar a superfície de titânio, tais como o depósito de revestimentos biocerâmicos nanométricos e a superfície com nanoporosidade induzida.
Esses tratamentos têm a possibilidade de transferência de tecnologia, e em breve podem repercutir na introdução no mercado nacional de implantes com características inovadoras.
Nanopartículas biocompatíveis
A produção de nanopartículas poliméricas biocompatíveis capazes de conduzir tuberculostáticos - drogas usadas no tratamento da tuberculose - é outra nanotecnologia inovadora desenvolvida no Laboratório do INT, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF).
O responsável pela pesquisa, o tecnologista Fábio Dantas, mostrará como as nanopartículas aprimoram o tratamento pulmonar por aerossóis. As nanocápsulas poliméricas - feitas com polímeros - veiculam três medicamentos num único sistema, aumentando sua eficácia e reduzindo a dosagem e, consequentemente, os efeitos tóxicos dessas substâncias.
Membranas cerâmicas
Durante o evento, será apresentada também a solução desenvolvida pelo engenheiro José Carlos da Rocha para produção de nanomembranas cerâmicas com porosidade e permeabilidade controladas.
O material serve para a dessalinização da água (seleciona íons salinos), torna a água potável (elimina bactérias e particulados) e na hemodiálise (filtra substâncias indesejáveis do sangue).
Equipamentos da nanotecnologia
O público terá ainda uma visão geral sobre a nanotecnologia, seus equipamentos, aplicações tecnológicas, novos materiais já desenvolvidos e a posição do INT nesse cenário. Esse panorama será apresentado pela engenheira química Fabiana Magalhães Teixeira Mendes, da área de Catálise, e pelo coordenador de Desenvolvimento Tecnológico do INT, Paulo Gustavo Pries de Oliveira.
Abrangendo áreas de atuação do INT, como processamento e caracterização de materiais e catálise, a nanotecnologia leva a inovação ao nível da estrutura da matéria. Atuando na escala do nanômetro, com auxílio de microscópios eletrônicos de varredura, esta tecnologia tem permitido o desenvolvimento de novos materiais, como nanocompósitos, biomateriais, catalisadores, fármacos e semicondutores.
Fonte: Diário da Saúde
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