segunda-feira, 23 de novembro de 2009

LHC é religado e partículas começam a circular

O gigantesco acelerador de partículas LHC, ou Grande Colisor de Hádrons, o maior e mais complexo instrumento científico já construído, voltou a funcionar neste fim de semana.

"Os feixes de partículas estão novamente circulando no mais poderoso acelerador de partículas do mundo," anunciou o Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN, na sigla em inglês).

Ainda sem colisões

Este é apenas o passo inicial necessário para o início das pesquisas e significa apenas que dois feixes de prótons estão circulando em direções opostas dentro do equipamento, sem se chocar. Até agora, nenhuma colisão entre partículas foi feita no interior do LHC.

Com os bons resultados, os cientistas preparam-se agora para elevar paulatinamente os níveis de energia, até atingir os 3,5 teraelétron-Volts (TeV) previstos para esta etapa inicial. Se tudo correr bem, no final de 2010 o acelerador de partículas deverá estar funcionando a 7 TeV.

No caminho certo

Foram mais de 14 meses de paralisação para corrigir defeitos que surgiram assim que o gigantesco anel de 27 quilômetros de diâmetro foi acionado pela primeira vez.

Apurações feitas pelos engenheiros sobre a origem dos defeitos levaram os responsáveis pelo experimento a decidir que o LHC funcionará inicialmente com apenas metade da capacidade prevista.

"É formidável ver circular novamente os feixes no LHC. Ainda há uma longa estrada a percorrer, mas este grande passo dado hoje nos coloca no caminho," disse o diretor-geral do CERN, Rolf Heuer.

Big Bang

O LHC, cujo custo é estimado em US$8 bilhões, começou a operar em setembro de 2008 na fronteira franco-suíça. Mas o aparelho apresentou um problema de vazamento e teve que ser novamente aquecido para possibilitar o conserto - sua temperatura de funcionamento é de -271 ºC (ou 1,9 kelvin) - mais frio do que o espaço profundo.

O LHC foi projetado para atirar prótons uns contra os outros quase à velocidade da luz. A liberação maciça de energia causada pelo choque das partículas poderá simular as condições após a explosão que teria dado origem ao universo.

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