A iniciativa surgiu a partir de demanda da Secretaria Municipal de Educação de Niterói, no Rio de Janeiro, para desenvolver uma tecnologia capaz de sustentar a coluna vertebral de um menino de 11 anos, portador de paralisia cerebral, escoliose acentuada e quase nenhum tônus muscular.
O protótipo inicial do colete foi obtido a partir de modelo tridimensional gerado com auxílio de equipamento de prototipagem rápida, baseado nos dados da tomografia computadorizada da coluna do garoto e agregou o trabalho de estilistas da empresa O Estudio, especializada em design e moda.
Esqueleto externo
A intenção do colete é manter a coluna e o pescoço eretos, permitindo mais segurança, conforto e mobilidade para a pessoa com limitação física.
Fugindo de modelos convencionais, rígidos e sustentados por uma faixa ao redor da cabeça, o modelo do INT é desenvolvido em material leve, flexível e utilizando um boné ou uma gola para sustentar o pescoço.
Atuando como um exoesqueleto, o acessório abraça confortavelmente o corpo, por cima da roupa. A estruturação do tórax permite que o deficiente físico não caia quando sentado, impedindo também que penda excessivamente para o lado mais defeituoso.
Modelo volumétrico
A técnica empregada para a confecção assemelha-se à usada em roupas para mergulhadores. O colete é composto por três camadas: uma tela aramada flexível, e duas camadas de borracha EVA (etileno vinil acetato), uma mais espessa perto do corpo e, na parte externa, uma camada mais fina.
A confecção do protótipo teve como base imagens tridimensionais da coluna do menino, por meio da tomografia, e o tratamento delas em um software específico. As imagens permitiram criar o modelo da estrutura óssea interna e da estrutura externa do tórax e produzir um manequim em tamanho real com o auxílio da máquina de prototipagem rápida. Esse modelo volumétrico serviu para a criação dos moldes finais dos coletes.
Desenvolvido com recursos do INT, a intenção da equipe que elaborou o projeto, é buscar agora o apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para aprimorar e difundir para toda a sociedade os resultados deste projeto.
Fonte: Diário da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário