Os astronautas do ônibus espacial Endeavour levaram um nariz eletrônico para instalar na Estação Espacial Internacional, que está passando por uma reforma geral que deverá durar 15 dias e vai exigir quatro caminhadas espaciais. O nariz eletrônico é capaz de detectar compostos químicos perigosos no ar, que possam ter vazado dos equipamentos da Estação, ou dos experimentos científicos, e que possam representar risco para a saúde dos astronautas.
Funga-funga da era espacial
Batizado de ENose, o nariz eletrônico é um sensor múltiplo de última geração, capaz de detectar quantidades-traço de amônia, mercúrio, metanol, formaldeídos e outros químicos presentes nos diversos equipamentos da ISS.
A Estação e os ônibus espaciais já possuem detectores de substâncias químicas, mas há um hiato de precisão entre os alarmes de bordo e os complexos instrumentos analíticos tecnologicamente mais avançados. O nariz eletrônico vai funcionar de forma contínua e sem necessidade de intervenção dos astronautas, detectando as substâncias perigosas tão logo ocorra um eventual vazamento.
Vazamentos perigosos
Já ocorreram problemas de contaminação no ar antes por causa de vazamentos, e não apenas na Estação Espacial Internacional, mas também nos ônibus espaciais e na antiga estação espacial russa MIR. Contudo, os vazamentos somente foram detectados depois que os astronautas já haviam sido expostos a eles.
O nariz eletrônico é capaz de detectar os vazamentos quando as concentrações dos compostos químicos no ar estão ainda em níveis que o nariz humano não consegue perceber.
Funcionamento do nariz eletrônico
Embora tenha sido levado pelos astronautas da Endeavour, o nariz eletrônico somente será instalado pela tripulação da Estação Espacial Internacional depois que a atual reforma estiver terminada e o ônibus espacial já tiver retornado para a Terra. A instalação está prevista para acontecer no dia 9 de Dezembro.
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