segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Biochip faz exame de laboratório com tecnologia de discos rígidos

Cientistas norte-americanos utilizaram a mesma tecnologia empregada na leitura dos discos rígidos de computador para criar um novo biochip capaz de analisar amostras biológicas com uma precisão inédita.

Biochips são minúsculos laboratórios de análises clínicas do tamanho de um chip de computador, que prometem revolucionar o diagnóstico de doenças, permitindo que os exames laboratoriais sejam feitos em casa ou, no máximo, no próprio consultório médico.

Magnetorresistência gigante

O novo biochip utiliza o efeito da magnetorresistência gigante (GMR - Giant MagnetoResistance), empregado nas cabeças de leitura dos discos rígidos de computadores. Esse fenômeno rendeu o Prêmio Nobel de Física aos seus descobridores no ano passado.

Agora uma equipe de quatro universidades norte-americanas utilizou a mesma tecnologia para construir um biochip que consegue detectar aglomerados magnéticos de dimensões microscópicas.

Bioanálises

"Vários laboratórios já começaram a fazer a transição da GMR do domínio do armazenamento digital de dados para o domínio das ciências bioanalíticas," comentam os pesquisadores em seu artigo. "Nós acreditamos que, apostando nos avanços feitos na indústria de gravação magnética (por exemplo, nos tocadores de música digital), um dispositivo robusto, portátil, capaz de detectar eventos de ligações [moleculares] individuais está literalmente no horizonte."

A precisão herdada da cabeça de leitura dos discos rígidos significa que o novo biochip, que ainda está em fase laboratorial, é capaz de detectar amostras ainda menores do que as que podiam ser analisadas com outras versões de microlaboratórios.

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