quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Microagulhas podem ser chave para criação de homem biônico

Engenheiros do País de Gales ajudaram a desenvolver uma tecnologia com microagulhas que pode tornar o homem biônico uma realidade.

Os cientistas desenvolveram sensores com microagulhas para ajudar pacientes que tiveram pernas ou braços amputados a mover membros artificiais com o poder do cérebro.

Os sensores, desenvolvidos e fabricados pela empresa MicroBridge Services da Universidade de Cardiff, são compostos por cem agulhas um pouco mais grossas do que um fio de cabelo humano.

Esses sensores são colocados no cérebro para enviar impulsos nervosos a membros artificiais.

Os engenheiros da MicroBridge Services foram orientados por pesquisaderes da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, a fabricar os sensores usando carboneto de tungstênio, um material extremamente duro que conduz eletricidade.

A equipe americana precisa que as agulhas, que podem ter vários milímetros de comprimento, penetrem no cérebro na profundidade necessária para captar atividade cerebral elétrica.

Os sinais elétricos que são detectados são ampliados e depois transmitidos e interpretados para produzir movimentos nos membros artificiais.

Os pacientes que usam esses órgãos postiços têm de aprender como gerar a atividade mental correta para obter respostas do sistema, mas alguns testes já mostraram resultados encorajadores, segundo Robert Hoyle, da MicroBridge Services.

"Os pesquisadores de Utah já conseguiram fazer com que pacientes controlem operações mecânicas simples como segurar objetos com órgãos protéticos ou operando um mouse", disse Hoyle.

"Quanto mais agulhas você conseguir colocar em um sensor pequeno, melhor será o controle que o paciente terá sobre o membro protético. Por isso, o desafio agora é fazer agulhas ainda menores", completou.

Hoyle disse que o objetivo dos pesquisadores, a longo prazo, é desenvolver um sensor que pode ser instalado na coluna vertebral de alguém que quebrou o pescoço ou as costas.

Com isso, eles poderiam aprender a movimentar seus membros novamente.

"Há ainda muita pesquisa e muitos testes que precisam ser feitos antes que isso se torne uma realidade", disse Hoyle.

A empresa MicroBridge Services foi formada para explorar o potencial comercial de pesquisas em engenharia micro e nano desenvolvidas na Universidade de Cardiff.

Fonte: BBC Brasil

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