O recente choque entre dois satélites artificiais, ainda que previsto estatisticamente, colocou a questão do lixo espacial de volta à pauta das questões urgentes.
De fato, o temor do choque com detritos tem imposto restrições ao funcionamento da Estação Espacial Internacional e ao voo dos ônibus espaciais (veja Ônibus espacial voará de cabeça para baixo no conserto do Hubble).
Aerofreio
Um novo projeto, embora não resolva o problema do lixo já depositado no "aterro espacial" ao redor da Terra, poderá evitar a deposição de novos detritos.
Os engenheiros espaciais Max Cerf e Brice Santerre projetaram uma vela espacial que funcionaria como uma espécie de aerofreio, trazendo os foguetes de volta à Terra de forma controlada.
Depois que o último estágio de um foguete libera o satélite espacial em órbita baixa, esse foguete desativado continua nessa órbita, girando ao redor da Terra por um período que pode chegar aos 100 anos.
A vela espacial, que seria aberta tão logo a carga útil do foguete fosse liberada, geraria uma fricção com as camadas superiores da atmosfera terrestre, freando o foguete lentamente, trazendo-o de volta em cerca de 25 anos.
Ao reentrar na atmosfera, o velho foguete finalmente se queimaria pelo atrito.
Vela espacial
Segundo o projeto, desenvolvido tendo em mente um foguete Ariane 5, a vela espacial deverá ter 350 metros quadrados. Ela seria estendida por um mastro inflável de 12 metros de altura.
O mastro poderia ser feito de alumínio, polímero ou por um material compósito e inflado pela injeção de nitrogênio a partir de um depósito pressurizado.
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