Se não fosse pela câmera lenta, seria impossível acompanhar o que estas mãos robóticas fazem com as bolinhas e com as varetas.
As mãos robóticas ultrarrápidas são resultado do trabalho da equipe do Dr. Ishikawa Komuro, da Universidade de Tóquio, no Japão.
Fusão sensorial
O Dr. Ishikawa criou um projeto chamado Sensor Fusion, que está integrando diversos sensores para criar uma nova arquitetura de visão artificial e de detecção de movimentos que é muito superior à soma das suas partes, ou seja, à soma dos sensores individuais utilizados.
Segundo o pesquisador, o conceito "como sempre acontece em robótica, inspirou-se no ser humano. O homem utiliza todos os seus sentidos para reconhecer o ambiente ao seu redor. Nós fizemos isso, só que de maneira muito mais rápida," disse ele.
A integração dos diversos sensores permitiu que um sensor supra as informações que faltam aos demais, criando um "sistema sensório multilateral," segundo o Dr. Ishikawa.
Cérebro sensorial
Embora o pesquisador refira-se sempre aos sensores, o grande segredo das suas mãos robóticas ultrarrápidas está nos algoritmos que sua equipe desenvolveu para processar as informações dos diversos sensores individuais.
Esse "cérebro sensorial" atribui pesos às informações de cada sensor, mapeando com precisão a posição do objeto que precisa ser acompanhado e manipulado. A seguir o programa aciona os atuadores, os dedos das mãos robóticas.
Aplicações práticas
A pesquisa atende simultaneamente a duas necessidades na área de robótica: de um lado, os robôs humanoides não são muito eficientes em seus movimentos; de outro, os robôs industriais são rápidos, mas somente quando executando movimentos repetitivos, previamente programados.
O projeto Sensor Fusion está criando uma solução que ajudará a resolver os dois problemas, ao permitir a manipulação, pelos robôs, de objetos em movimento e com extrema rapidez.
Outra área que está tendo progressos a partir da pesquisa é a visão artificial, que agora conta com uma técnica de acompanhamento dinâmico dos eventos.
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