O estudo, que apenas aceita voluntários dos Estados Unidos, está sendo feito na Universidade de Georgetown.
Esta é a chamada fase II da pesquisa, destinada a examinar a segurança e os possíveis efeitos do medicamento CERE-110. O CERE-110 contém um gene e é injetado por meio de uma cirurgia em uma parte do cérebro afetada pela doença de Alzheimer.
Terapia genética
O gene deverá instruir as células do cérebro para produzir uma proteína específica em maior quantidade. A proteína é o chamado Fator de Crescimento de Nervos, ou NGF (Nerve Growth Factor), que ajuda as células nervosas a sobreviver e funcionar adequadamente.
A transferência desse gene para o cérebro é uma técnica médica emergente conhecida como terapia genética.
"Nosso objetivo é parar a progressão do Mal de Alzheimer," explica o Dr. Scott Turner. "Esta é a nossa primeira pesquisa de uma terapia genética injetada no cérebro."
Placebo e duplo-cego
Cerca de 50 pacientes com Mal de Alzheimer irão participar desse estudo, em 10 hospitais ao redor dos Estados Unidos. Todos os pacientes passarão por uma cirurgia que inclui a execução de duas perfurações no crânio. Mas apenas os pacientes que forem sorteados receberão de fato o CERE-110. Os demais, mesmo recebendo as perfurações, não receberão a terapia genética.
Isto é essencial na chamada fase II, que consiste em um teste com placebo e duplo-cego.
O duplo-cego significa que os pacientes, coordenadores do estudo e médicos que acompanham os pacientes não saberão se o paciente recebeu o medicamento ou o placebo até o término do estudo. Somente o neurocirurgião e a equipe de cirurgia ficam sabendo se o paciente que está sendo operado recebeu ou não o composto ativo.
Estudo controlado de placebo significa que os pacientes serão selecionados aleatoriamente para ou receber ou não o medicamento ativo, mas todos os pacientes passarão pela cirurgia.
Fonte: Diário da Saúde
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