sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Limites da Terra podem estar sendo ultrapassados

Identificar e quantificar os limites da Terra que não podem ser transgredidos ajudaria a evitar que as atividades humanas continuassem causando mudanças ambientais inaceitáveis. A afirmação, de um grupo internacional de cientistas, está em artigo destacado na edição desta quinta-feira (24/9) da revista Nature.

Segundo eles, a humanidade deve permanecer dentro dessas fronteiras para os processos essenciais do sistema terrestre se quiser evitar alterações ambientais de dimensões catastróficas. Esses limites representariam os espaços seguros para a ação e para a vida humana.

Limites planetários

O conceito de limites (ou fronteiras) planetários representa um novo modelo para medir as agressões ao planeta e define espaços seguros para a existência humana. Seguros para o sistema terrestre e, por consequência, para o próprio homem.

Os pesquisadores sugerem nove processos sistêmicos principais para esses limites: mudanças climáticas; acidificação dos oceanos; interferência nos ciclos globais de nitrogênio e de fósforo; uso de água potável; alterações no uso do solo; carga de aerossóis atmosféricos; poluição química; e a taxa de perda da biodiversidade, tanto terrestre como marinha.

Para três desses limites da ação humana - ciclo do nitrogênio, perda da biodiversidade e mudanças climáticas -, os autores do artigo argumentam que a fronteira aceitável já pode ter sido ultrapassada. Afirmam também que a humanidade está rapidamente se aproximando dos limites no uso de água, na conversão de florestas e de outros ecossistemas naturais para uso agropecuário, na acidificação oceânica e no ciclo de fósforo.

Limites do estudo

Um editorial da revista Nature, que acompanha a reportagem, é muito menos catastrófico e coloca vários limites à análise oferecida pelo grupo de cientistas, coordenados por Johan Rockström, da Universidade de Estocolmo, na Suécia.

O estudo dá números para esses limites "de forma provocativa", segundo o editorial.

"O exercício requer muitas qualificações. Em sua maior parte, os valores exatos escolhidos como limites por Rockström e seus colegas são arbitrários. Assim são também, em alguns casos, os indicadores de mudança. Há ainda pouca evidência científica para sugerir que a estabilização das concentrações de dióxido de carbono a longo prazo em 350 partes por milhão seja o alvo certo para evitar uma interferência perigosa no sistema climático. [...] Também não existe um consenso sobre a necessidade de limitar as extinções de espécies em dez vezes a taxa de referência, como está sendo aconselhado."

"Além disso, as fronteiras propostas nem sempre se aplicam globalmente, mesmo para os processos que regulam o planeta inteiro. Circunstâncias locais podem, em última instância, determinar quanto tempo a escassez de água ou a perda de biodiversidade atingirão limites críticos," afirma a revista.

Chamando a ciência apresentada no artigo como "preliminar," o editorial prossegue afirmando que a imposição de limites ditos "aceitáveis" esbarra muito mais nas questões éticas do que nas puramente ambientais. Por exemplo, se a interferência humana no ciclo de nitrogênio pode ter efeitos danosos de longo prazo, essa manipulação foi, e continua sendo, a grande responsável pela alimentação de grandes partes da humanidade.

Toda a discussão da proposta de estabelecimento de limites pode ser acompanhado no site da Nature (em inglês), no endereço http://tinyurl.com/planetboundaries

Um comentário:

Anônimo disse...

Limites da Terra

Pouca gente tem CONSCIÊNCIA do que está exposto nessa Matéria, salvo os AUTODIDATAS.

Sem medo de errar AFIRMO, a Grande Maioria dos, ditos ou considerados “Cientistas” na atualidade, usam & abusam da Verdadeira Ciência, em Benefício PRÓPRIO ou, mesmo que sejam ÉTICOS, não conseguem raciocinar nos ASSUNTOS da atualidade que envolvem Conhecimentos Multi-Diciplinares.

Só os AUTODIDATAS são ÉTICOS & LUTAM pelo POVO, sendo capazes de propor Soluções, de FATO, SUSTENTÁVEIS, porque sua formação e capacidade intelectual vem do seu próprio esforço. Nessa situação nada vem daquilo que os INCOSCIENTES da Sociedade Brasileira & outros Povos do Mundo, pagam, através do IMPOSTOS & outras COBRANÇAS - o COORPORATIVISMO NÃO ÉTICO, ainda é muito FORTE, e nos deixa quase sem outras alternativas.

As outras ALTERNATIVAS está nas mãos dos AUTODIDATAS, pois esses têm os PRÉ-REQUISTOS para trabalhar na BUSCA das SOLUÇÕES, de FATO, SUSTENTÁVEIS, mas para que tudo passe a caminhar bem é preciso estabelecer a UNIÃO desses AUTODIDATAS e buscar reconhecimento dos seus VALORES perante a Sociedade Brasileira & HUMANIDADE – o resto se trata de Cooporativismo NÃO ÉTICO e / ou Egoísmo que usam / abusam dos menos preparos, fechando as portas para as VERDADEIRAS ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS.

A “Ciência, dita Moderna” ora diz que o caminho é esse e depois diz que o caminho é outro, totalmente invertido - sofrem influências de que ??????

Para o AUTODIDATA - o caminho sempre será o mesmo & com pé no chão.

Faça uma Boa REFLEXÃO e tente perceber qual é extamente esse caminho. Se me perguntarem vou responder que o caminho é o da ÉTICA & MULTI-CONHECIMENTOS (AUTODIDATA), nada de especializações que sempre foi aplicado nos Cursos Complementares (Mestrado, Doutorado, entre outros), mas quem sabe isso pode ser modificado, visando promover o Melhoramento da Capacidade dos Graduados para que possam andar com as próprias pernas. Na atualidade, isso vai ficando mais claro para toda HUMANIDADE, principalmente com as questões das Mudanças Climáticas, quando a Grande Maioria começa a perceber que “não sabe nada” ou que as avaliações dos Problemas & Propostas de Soluções passa a ser obrigatoriamente a ser avaliada por Grupo de Especialistas que possam avaliar sob a ótica dos Vários Campos Envolvidos ou de um AUTODIDATA que naturalmente apresenta Conhecimentos MULTIDICIPLINARES.



Um Grande Abraço a VOCÊ, Membro / Colaborador (ou pretendente),


MISSAO TANIZAKI
Fiscal Federal Agropecuário
Bacharel em Química
missao.tanizaki@agricultura.gov.br
missao.tanizaki@gmail.com.br (NOVO)

TUDO POR UM BRASIL & MUNDO MELHOR