quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Biodiesel com um toque de camarão é ambientalmente mais chique

Talvez no futuro você possa chegar a um posto de gasolina de grife e pedir um biocombustível com um toque de camarão.

Cientistas chineses produziram um novo catalisador a partir de um composto químico extraído da carapaça de camarões que torna o processo de produção de biodiesel mais rápido, mais barato e menos danoso ao meio ambiente.

Lado ruim dos biocombustíveis

Xinsheng Zheng e seus colegas começam afirmando que as preocupações mundiais com o aquecimento global estão levando as pessoas a colocarem suas esperanças nos biocombustíveis.

Contudo, os avanços não serão tão grandes quanto o esperado, dizem eles, se a produção dos combustíveis renováveis continuar exigindo os catalisadores hoje utilizados para transformar soja, canola e outros grãos em biodiesel.

Os catalisadores tradicionais não podem ser reutilizados e devem ser neutralizados, o que é feito com grandes quantidades de água. O resultado é o desperdício de outro recurso escasso, a água, que é devolvida poluída ao meio ambiente.

Camarão com canola

Eles acreditam ter encontrado uma solução para o problema na carapaça do camarão. Mais especificamente, na quitina, o principal componente da carapaça dos artrópodes.

Em um processo de três etapas, os pesquisadores chineses descrevem como a quitina pode ser transformada em sacarídeos por meio de sua carbonização parcial e posterior ativação.

Nos testes em laboratório, o novo catalisador de camarão converteu óleo de canola em biodiesel de forma mais eficiente e mais rápida do que o catalisador convencional - 89% de conversão em três horas.

O novo catalisador, do tipo heterogêneo, também pode ser reutilizado depois de separado do rejeito por filtração, minimizando os resíduos e a poluição gerada na produção do biodiesel.

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