Outra pesquisa, divulgada nesta semana, indica que um exame simples dos olhos, feitos no consultório, pode detectar com segurança a ocorrência dos derrames cerebrais e também destes ataques isquêmicos precursores - veja a reportagem Exame dos olhos supera a ressonância magnética no diagnóstico de derrame cerebral.
"Os resultados ressaltam a necessidade de termos melhores instrumentos de avaliação de riscos para prevenir AVCs antes que eles ocorram", disse Daniel Hackam, da Universidade de Ontário Ocidental, no Canadá, um dos autores do estudo. "Até 80% dos AVCs após ataques isquêmicos transitórios podem ser prevenidos quando os fatores dos riscos são bem avaliados."
Ataque isquêmico transitório
Os pesquisadores identificaram todos os pacientes que passaram por hospitais de Ontário com diagnóstico de AVC durante quatro anos. Do total de 16,4 mil pacientes, 2.032 (ou 12,4%) tiveram um ataque isquêmico transitório antes do AVC. Durante um ataque transitório, sintomas de derrame duram menos de 24 horas.
Aqueles que não tiveram um sinal de aviso tiveram maior probabilidade de apresentar um AVC mais sério do que os demais. Também tiveram maior probabilidade de morrer (15,2% contra 12,7%) e de ter parada cardíaca inesperada (4,8% contra 3,1%) enquanto permaneceram no hospital.
Diferenças de idade
Já os pacientes que tiveram um ataque isquêmico transitório eram tipicamente mais velhos do que os que não tiveram sinais anteriores ao AVC. Também apresentaram mais casos de diabetes, pressão alta e problemas cardiovasculares.
"É possível que os vasos sanguíneos daqueles que apresentem o alerta estivessem condicionados à falta do fluxo de sangue, o que os protegeu do impacto completo do acidente vascular principal. Qualquer pessoa que tiver um sinal, ainda que pequeno, deve procurar um hospital imediatamente", disse Hackam.
Fonte: Diário da Saúde
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