Utilizando oxigênio e silício, o segundo elemento químico mais abundante na crosta terrestre, cientistas criaram um novo conceito de bateria capaz de fornecer energia de forma ininterrupta por milhares de horas, sem necessidade de substituição.A grande vantagem dessas baterias de ar-silício é que elas dispensam o catodo das baterias convencionais - o catodo é o oxigênio captado da atmosfera, e que flui para o interior da bateria através de uma membrana.
Isto torna estas novas baterias potencialmente mais baratas e mais leves, além de terem um prazo de validade virtualmente ilimitado, não perdendo a carga enquanto estão na prateleira do supermercado.
Bateria de ar-silício
Por usarem silício, um material estável e não-tóxico, além da leveza e da flexibilidade, estas baterias serão úteis para aplicações médicas, como a alimentação de aparelhos de audição e outras órteses e próteses. Sensores ambientais são também candidatos naturais.
A rigor, contudo, não existem limites técnicos para seu uso. "As baterias de ar-silício serão usadas em qualquer lugar e da mesma forma que as atuais," diz o professor Yair Ein-Eli, do Instituto de Tecnologia Technion, que acrescenta que um dos objetivos agora é torná-las recarregáveis.
Dentro de 10 anos, prevê o pesquisador, será possível construir "baterias para carros elétricos feitas de silício que se transformarão em areia durante o uso, que será reciclada em silício e transformado em bateria novamente."
Metal-ar
O conceito de baterias metal-ar não é novo, e já foram feitas várias tentativas para aumentar sua potência a fim de que elas possam alimentar veículos elétricos. A Toyota e a Panasonic anunciaram recentemente um esforço para aprimorar uma bateria de zinco-ar para uso em veículos.
Esta, contudo, é a primeira vez que se utiliza o silício, o material que está na base de toda a eletrônica. Como o material é mais abundante, isto poderá reduzir o custo das baterias. E, como ele é menos denso, poderá gerar baterias mais leves.
Nenhum comentário:
Postar um comentário