sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Robô-pedreiro constrói muro artístico em Nova Iorque

Colocar os robôs para construírem casas parece ser uma alternativa interessante - pelo menos para os países mais desenvolvidos, onde a mão-de-obra na construção civil é um problema.

Em princípio, robôs-pedreiros poderiam construir casas mais rapidamente, de forma mais precisa e, eventualmente, as construções poderiam ficar mais baratas.

Projetos para isso não faltam. Desde um robô experimental capaz de construir uma casa em 24 horas, até visões mais futuristas, nas quais um robô construirá a primeira casa na Lua e até formigas robóticas para construir casas em Marte.

Muro artístico

Mas os arquitetos Fabio Gramazio e Matthias Kohler, do Instituto de Tecnologia de Zurique, na Suíça, resolveram adotar uma abordagem mais espartana e mais artística. O seu robô-pedreiro é um robô industrial adaptado, montado sobre um contêiner de pequeno porte.

No compartimento metálico ficam todos os equipamentos necessários para o funcionamento do robô, incluindo o computador responsável por controlar as tarefas a serem executadas. A montagem no contêiner permite que o robô seja movimentado na obra com o auxílio de um caminhão.

O resultado é mais curioso do que prático. O robô está atualmente instalado na Pike Street, na Ilha de Manhattan, em Nova Iorque, construindo um "muro" - que poderia ser mais apropriadamente chamado de escultura - de tijolos de 4,5 metros de largura por 22 metros de comprimento.

A construção é uma espécie de loop infinito, no qual os tijolos são cuidadosamente colocados uns sobre os outros. Em vez de argamassa, uma cola de secagem rápida se incumbe de manter os tijolos no lugar.

Materialidade digital

Seria virtualmente impossível que a estrutura fosse construída por humanos e apresentasse o aspecto preciso de suas formas.

"Em vez de construir um muro reto convencional, você pode usar formatos e princípios de construção que tenham sido programados no computador e transferidos digitalmente para o material, criando uma composição tridimensional. Nós casamos a realidade digital do computador com a realidade material de uma construção," dizem os arquitetos.

Eles batizaram seu enfoque da construção robotizada de "materialidade digital."

Como nenhum dos tijolos está exatamente sobre outro, cria-se um efeito tridimensional. E como o muro apoia-se no chão em pontos alternados, o loop infinito ganha uma expressão dinâmica, segundo os arquitetos.

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