quinta-feira, 9 de julho de 2009

Direcionar DNS do Speedy arrisca segurança do internauta, diz empresa

A recomendação divulgada esta semana pela Associação Brasileira de Provedores (Abranet) para reduzir as instabilidades de acesso em banda larga do serviço Speedy, redirecionando os servidores de nomes de domínio (DNS, na sigla em inglês) da rede da Telefônica para os provedores de acesso, pode gerar problemas de segurança, alertam especialistas da consultoria PromonLogicalis.

"O investimento que a operadora está fazendo para aprimorar sua rede, em uma série de funções de segurança, os provedores de acesso não têm condições de fazer", afirma o diretor de tecnologia da PromonLogicalis, integradora de soluções de redes e comunicação, Carlos Pingarilho, em entrevista ao IDG Now!.

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O servidor DNS é responsável por converter o endereço de um site acessado pelo usuário, em uma sequência numérica, que é o endereço real do servidor no qual a página web está hospedada. "É como converter o endereço de uma rua e um número em coordenadas para um sistema de GPS, que podem ser entendidas em qualquer lugar do mundo", explica Pingarilho.

Mesmo que a recomendação da Abranet seja temporária, a troca do DNS do Speedy entre os usuários será observada pelos criminosos online e fará com que os provedores tornem-se alvos de ataques como o envenenamento de DNS. "Neste caso, o usuário acessa o site de seu banco, por exemplo, com o endereço correto, mas o servidor carrega uma página clonada de outro país e, sem que perceba, o internauta envia seus dados bancários a um criminoso", detalha Pingarilho.

Na avaliação do especialista, os usuários do Speedy devem manter seus endereços de DNS e cobrar da operadora uma boa qualidade de serviço. "As operadoras têm muito mais obrigações junto ao governo do que os provedores. Além disso, não temos notícia de que nenhum outro país tenha adotado este tipo de postura."

Banda e preço
Segundo o executivo, o serviço de banda larga no País ainda é avaliado de forma incorreta pelo mercado e pelos usuários. "A banda larga no Brasil é muito direcionada a banda e preço. Lá fora, há serviços que medem o tempo de resposta dos servidores das operadoras, bem como a quantidade de quedas na conexão".

Pingarilho também recomenda a criação de um ranking que faça a medição adequada de serviços de banda larga por entidades como a Abranet, no Brasil.

Fonte: IDG Now!

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