Ele foi apresentado pela primeira vez em 2007, como um robô-mastigador, uma ferramenta para testar a resistência e a durabilidade de implantes dentários. Ele era então pouco mais do que um conceito, embora promissor.
Simulador de mastigação
Agora os engenheiros da Universidade de Bristol, na Inglaterra, apresentaram o progresso do seu trabalho. O que era um mero sistema de trituração por arraste transformou-se em um verdadeiro simulador de mastigação, capaz de testar pontes, coroas, dentaduras e a resistência e durabilidade de todos os materiais usados para a reconstrução dentária.
O robô-mastigador ganhou um mecanismo de movimentação tridimensional composto por seis atuadores que reproduzem não apenas o movimento e o ritmo do movimento das mandíbulas, mas também a força exercida para a mastigação de cada tipo de alimento.
Mastigar é mais ou menos como andar, e a boca de cada pessoa tem sua própria "ginga" ao comer. Para reproduzir essas possibilidades inumeráveis, a mandíbula robótica move-se com seis graus de liberdade, indo de um lado para o outro e girando ao longo dos eixos cartesianos.
Teste de materiais dentários
Os implantes dentários são feitos de materiais bem conhecidos, incluindo ligas metálicas, polímeros e cerâmicas. Mas o processo de desgaste desses materiais, sob a ação abrasiva do movimento da mastigação, dos próprios alimentos e do ambiente ácido da boca, ainda não são bem compreendidos pelos cientistas.
A avaliação desses materiais é feita em testes clínicos, onde os materiais são implantados em pacientes-voluntários e avaliados ao longo de um período. Isso é demorado e caro, e nem sempre dá boas respostas para a resistência do material a longo prazo.
É aí que entra o robô-mastigador: ele pode simular diversos tipos de mastigação ininterruptamente, reproduzindo em poucas horas o que uma pessoa levaria anos para fazer, e de maneira muito mais sistemática.
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