Dois terços do 1 bilhão de pessoas que se encontram na pobreza no mundo vivem nas zonas rurais dos países em desenvolvimento. É o caso de Chriselliea Nzabonimpa, mãe de cinco filhos e líder da comunidade onde mora, em Ruanda, que mostra como suas plantações de milho e mandioca não vingam por causa de um padrão irregular e inesperado de chuvas. Ao lado da segurança alimentar, o acesso à água é outra questão urgente, afirma a Oxfam. Cidades populosas já sofrem desabastecimento: a neve que fornecia o recurso durante o degelo já sumiu, ou está prestes a desaparecer.
"A geleira Mururata é a Mãe Terra para nós. É onde conseguimos nossa água para cozinhar, lavar, beber, regar nossos jardins e alimentar nossos animais", diz Valerio Quispe, que vive na comunidade Choquecota, no altiplano boliviano. A geleira é uma das diversas que encolheram nos últimos anos e que podem desaparecer em poucas décadas.
A falta de água também tem o potencial de gerar conflitos, especialmente em torno dos rios Indo, Nilo e Tigre-Eufrates, além de estimular migrações de populações empobrecidas. Estudo recente, ainda não publicado, do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos EUA, analisou os 925 principais rios do mundo. Baseado em 60 anos de registros, ele projeta que um terço deles será afetado significativamente pelas mudanças climáticas. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário